Agora trazemos mais um texto da nossa poetisa,RITA DE CÁSSIA ALVES.Trata-se de um misto de crônica com poema ,que aborda Joinville,mais especificamente a região litorânea da cidade.AGORA CONTEMPLE SUAS PALAVRAS:
"Depois da chuva,as nuvens recebem o fogo da noite:há luz no atracadouro.
Verão é sinônimo de corpos que se encontram,
e as conversas na mesa dos bares transpiram histórias de amor.
Meus amigos também estão de férias.
Vêem o barco de Príncipe e Princesas,numa romaria de turistas.
Surfistas da proa e das redes,casais apaixonados e atendentes
se misturam no alarido das crianças:
a ciranda das canções denuncia que janeiros queimam.
Isolada do sol,à espreita do som dos passarinhos,
degustamos caranguejos e pratos típicos,na tarefa de línguas estrangeiras.
Joinville é passagem atrativa,
convidativa nos verdes e azuis do olho botânico e dos manguezais em flor.
Enquanto a trovoada esbraveja um Deus e seus sinais de alerta,
pego caneta e papel num ritual religioso.
Sem horários e exigências,os relógios ficam nas gavetas.
O tempo não é mais uma folhinha no calendário do cotidiano:
meu tempo é agora.
Costuro essas imagens como cose carinhos.
Agradeço as canoas que contornam peixes.
Sinto pelos homens que não estão aqui.
De repente,ouço nas pessoas um som que excede a alma.
Há um casal ainda de mãos dadas,
um grupo de familiares tomando emprestado novos ares,
sem medo dos relâmpagos.
Um cão arrasta sua presa e o sujeito no canto da mesa aprisiona a solidão
No lado direito ,a mão esquerda do copo visita um litro de refrigerante.
O corpo do mar abraça almas contidas.
A noite realiza seus chamados e a tarde vai morrendo seus guardados,
enquanto as pessoas se retiram:cadeiras vazias preenchem lembranças.
Ao eleger estes minutos preciosos de concha, na pérola veio a certeza de retornar .
Muitos saberão da onde saio.
Outros incitarão os pés no lugar dos pneus
Enquanto meu carro se afasta,uma luz é acessa."
Surfistas da proa e das redes,casais apaixonados e atendentes
se misturam no alarido das crianças:
a ciranda das canções denuncia que janeiros queimam.
Isolada do sol,à espreita do som dos passarinhos,
degustamos caranguejos e pratos típicos,na tarefa de línguas estrangeiras.
Joinville é passagem atrativa,
convidativa nos verdes e azuis do olho botânico e dos manguezais em flor.
Enquanto a trovoada esbraveja um Deus e seus sinais de alerta,
pego caneta e papel num ritual religioso.
Sem horários e exigências,os relógios ficam nas gavetas.
O tempo não é mais uma folhinha no calendário do cotidiano:
meu tempo é agora.
Costuro essas imagens como cose carinhos.
Agradeço as canoas que contornam peixes.
Sinto pelos homens que não estão aqui.
De repente,ouço nas pessoas um som que excede a alma.
Há um casal ainda de mãos dadas,
um grupo de familiares tomando emprestado novos ares,
sem medo dos relâmpagos.
Um cão arrasta sua presa e o sujeito no canto da mesa aprisiona a solidão
No lado direito ,a mão esquerda do copo visita um litro de refrigerante.
O corpo do mar abraça almas contidas.
A noite realiza seus chamados e a tarde vai morrendo seus guardados,
enquanto as pessoas se retiram:cadeiras vazias preenchem lembranças.
Ao eleger estes minutos preciosos de concha, na pérola veio a certeza de retornar .
Muitos saberão da onde saio.
Outros incitarão os pés no lugar dos pneus
Enquanto meu carro se afasta,uma luz é acessa."
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