Em 1971 foi a vez de outro visionário entrar em cena .......Em uma época em que os computadores eram um artigo raro e em que a internet ainda engatinhava e resumia-se a alguns poucos cientistas dos Estados Unidos , um jovem estudante da universidade do Estado norte-americano de Illinois logo percebeu que o futuro do computador era ser uma fonte de informações e não apenas um meio de análise de complexos e difíceis equações matemáticas . Sua ideia era tornar livros disponíveis , em qualquer tipo de computador . Filho de uma professora de Matemática e de um professor de Língua Inglesa , MICHAEL STERN HART ( 1947-2011 ) logo pôs as mãos à obra : digitalizou a DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS e , logo a seguir , a BÍBLIA e obras do poeta grego HOMERO ( 928 antes de Cristo - 898 antes de Cristo ) , do dramaturgo inglês WILLIAM SHAKESPEARE ( 1564-1616 ) e do humorista e escritor norte-americano MARK TWAIN ( 1835-1910 ) . Iniciava-se ali não apenas um projeto chamado GUTEMBERTG - uma justa homenagem ao inventor da tipografia - mas também o LIVRO DIGITAL OU ELETRÔNICO . Os frutos do trabalho de Michael só começariam a render frutos na década de 90 : em 1993 foi publicado o primeiro livro digital - DO ASSASSINATO , de autoria de THOMAS QUINCEY ; em 1995 o site de vendas AMAZON começou a vender livros pela internet e em 1998 a mesma Amazon lançou os primeiros leitores de livros digitais , ROCKET E-BOOK e SOFTBOOK ( atualmente existem 15 tipos de leitores de livros digitais e 39 tipos de formatos ) . Uma das inúmeras vantagens desse tipo de livro é o seu preço : cerca de 80 % mais baixo que o de um livro tradicional . Seria então o fim do velho e bom livro impresso ? Na crônica de hoje , um especialista no assunto , o escritor LUIZ CARLOS AMORIM traz a resposta . CONFIRA :
"O livro eletrônico tem sido assunto recorrente nos últimos tempo.
Os leitores eletrônicos, agora presentes em tablets e smartfones, nem são identificados por alguns usuários, tantas são as opções nessas novas maravilhas tecnológicas, mas eles estão lá. Além das opções residentes nos próprios aparelhos, há um aplicativo para emular o kindle ( ABAIXO ) , o precursor dos e-reader.
Com toda essa revolução da comunicação e interatividade em ebulição, nós, escritores, além das editoras, precisamos nos antenar e pensar em aderir ao e-book, o livro eletrônico. Precisamos fazer isso porque o livro tradicional, impresso em papel, vai acabar ?
Não, isso não vai acontecer tão cedo. Vai demorar bastante para o livro eletrônico suplantar o livro como o conhecemos até agora. Talvez isso nem aconteça. A verdade é que eles podem conviver harmonicamente.
Mas nós, que publicamos livros, precisamos entrar nesse novo mercado e, além do livro impresso, é bom pensar em providenciar também a versão eletrônica, para conquistarmos também os leitores que já estão usando os leitores eletrônicos, os leitores dos e-books.
Mesmo aqueles escritores que se consideram alternativos.
A verdade é que muitos de nós já publicava, desde meados da década passada, seus livros em versão eletrônica, colocando-os na internet, para serem baixados de graça. Ninguém cobrava nada. Agora é hora de começar a pensar em colocar os livros em lojas virtuais, tentar vendê-los,
A verdade é que muitos de nós já publicava, desde meados da década passada, seus livros em versão eletrônica, colocando-os na internet, para serem baixados de graça. Ninguém cobrava nada. Agora é hora de começar a pensar em colocar os livros em lojas virtuais, tentar vendê-los,
pois o preço de um livro eletrônico ou digital é bem convidativo, menor do que o preço do livro impresso, pois ele não agrega o custo do papel, impressão, etc.
Estou apressando, com isso, o fim do livro tradicional? Não, porque como já disse, isso não vai acontecer. O preço dos tablets e smartfones ainda é bem salgado, é verdade, mas eles se tornaram muito populares nos últimos anos.
Estou apressando, com isso, o fim do livro tradicional? Não, porque como já disse, isso não vai acontecer. O preço dos tablets e smartfones ainda é bem salgado, é verdade, mas eles se tornaram muito populares nos últimos anos.
Então, o livro de papel, manuseável, aquele que prescinde de qualquer fonte de energia a não ser a nossa vontade de ler, vai continuar, sim, por muito e muito tempo.
Mas é necessário que nos adaptemos às novas tecnologias, que podem caminhar paralelas aos recursos que já existiam e que continuarão existindo."
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