"Caro poeta ,
Iniciei a leitura de seu texto , cimentando sentimentos .
As lembranças adjetivam nossas tristezas : os espelhos do verso prismam todos os interiores .
O que escreveste cala e denuncia o singelo e o escárnio .
Feia é a fome , como já dizia o desencantado .
Imprópria é a ausência de dignidade , a solidão
entre outros urros coletivos .
Estás dentro e fora dos detalhes que nos cercam .
Há córregos em mim nas múltiplas fêmeas que me rodeiam .
Nem sempre sobrevivem aos meus apelos .
Resta aquela de outros séculos , atemporal nos olhos de quem não sabe mais das margens de seus rios .
Que as lavas do verbo livre saibam lavar o impuro , e que te baste este sol , por entre as linhas , apesar de . "
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