Pobre , de clima frio e rigoroso e dominada durante séculos por austríacos , alemães e russos , a Polônia não tinha muito o que oferecer a seus filhos e milhões de poloneses foram começar um avida nova , principalmente nos Estados Unidos . Porém uma leva de imigrantes acreditava que a VIREGEM MARIA havia lhes reservado o PARANÁ e que acabou séculos encoberto entre nuvens esse "paraíso terrestre " enfim havia revelado .......Ele também acreditava que o Brasil era a " terra da promissão " , mas não o Paraná , mas mais especificamente o planalto norte catarinense . Ainda adolescente escolheu a pequena Rio Negrinho , então distrito de São Bento do Sul para ser o começo de uma nova vida , lá constituiu uma família e um de seus filhos , que recebeu o nome de ROBERTO , tinha uma característica muito especial : adorava viajar .....mas sem sair do lugar ! O garoto adorava ler e ele o incentivava cada vez nesse saudável hábito . Lendo tanto , a sua futura profissão não poderia ser outra : jornalismo . A pacata Rio Negrinho já era pequena demais para os sonhos , projetos e ambições do já adolescente Roberto e ele , ainda na adolescência , deixou sua cidade e rumou a caótica e colossal São Paulo para estudar jornalismo . Em janeiro de 1979 trocou todo a agitação da gigantesca metrópole pela tranquilidade de uma cidade bonita , promissora e progressista e a qual já havia visitado algumas vezes : JOINVILLE . Mal chegado à cidade , já logo começou a trabalhar no jornal A NOTÍCIA e pouco tempo depois tornou-se um dos primeiros repórteres da recém instalada RBS TV Joinville ; passou também também pelo rádio , trabalhou com assessoria de imprensa e atualmente está no jornal NOTÍCIAS DO DIA , escrevendo crônicas que você costuma ler aqui no ALAMEDA CULTURAL às terças-feiras . A história do jornalista ROBERTO SZABUNIA também é um pouco a história de tantas pessoas que aqui chegaram , viram e venceram . Na crônica de hoje o experiente jornalista presta uma homenagem a cidade que tão bem o acolheu . CONFIRA :
"Em janeiro , completei 36 anos de 'joinvilismo ' , uma situação que assumi quando trocamos a Paulicéia por esse cantinho de serra e mar . Antes de espalhar móveis e tralhas pela casa alugada na rua Almirante Barroso , atrás do condomínio Riviera ( ainda um ponto de referência numa cidade de poucos prédios ) , só conhecia Joinville ( ABAIXO ) superficialmente ,
de alguns passeios . A cidade , porém , logo me conquistou , com suas 'vendas ' tão parecidas com as que me habituara em Rio Negrinho . os 'zarcos ' afundando os calçamentos em frente aos pontos , ( ABAIXO , TERMINAL URBANO DE JOINVILLE )
o JEC de Gildásio e João Paulo ganhando tudo , ( ABAIXO , TIME DO JOINVILLE BICAMPEÃO ESTADUAL EM 1979 )
padre Bertino ( ABAIXO ) nos acordando cedinho com sua oração ,
os filmes chegando com dois ou três meses de atraso ao Palácio e ao Colon , ( ABAIXO , FOTO DO CINE COLON )
duas emissoras catarinenses de TV ( Blumenau e Floripa ) , Cultura e Floresta Negra estreando a FM , meu primeiro emprego na revisão de AN na antiga sede da Abdon Batista .......Casei-me em Rio Negrinho , instalei-me com minha esposa lá perto do Km 4 , tive um casal de filhos , há quatro meses nasceu minha neta , via cidade inchando até o meio milhão de habitantes de hoje , trânsito maluco , modernização.......
Nestes últimos dias , pude reforçar , mais uma vez , minha admiração pela beleza natural deste lugar chamado Joinville . Domingo , retornando de Rio Negrinho , de carona , prestei atenção aos nuances de panorama desde a divisa com Campo Alegre até a entrada de Pirabeiraba . Como é bonita essa serra !
Por ali , está a Joinville interiorana , bucólica , sossegada , em meio à natureza .(ABAIXO , ESTRADA BONITA , LOCALIZADA NO DISTRITO DE PIRABEIRABA )
Por ali , volto 36 anos no tempo , quando ia co frequência a Rio Negrinho , parava para encher um garrafão de boa cachaça e bater um papo com o opa Max e encarava a subida chacoalhando nos paralelepípedos . O asfalto cobriu as pedras , as luminárias - quando funcionam - deixam o caminho mais claro , a viagem é mais rápida . Mas muita coisa continua igual , só se adaptando .
Anteontem fui até o Capri , de carona , a bordo do barco de apoio do JIC ( Joinville Iate Clube ) . Então , novo deslumbramento , vendo alguns pontos de Joinville lá dentro da baía . Espinheiros , Morro do Amaral , Vigorelli , as ilhas da Babitonga , os pescadores em seus botes......É a Joinville do mar lambendo seu mangue , com todos os encantos .( ABAIXO , BAÍA DA BABITONGA )
Curiosidade : como os guarás estão repovoando a região , sua viva coloração vermelha se junta ao preto dos biguás e ao branco das garças e das gaivotas . Até a passarada é jequeana ! Vou além : São Chico , Araquari , Barra do Sul ; Garuva , Itapoá , Massaranduba , Barra Velha ; Piçarras e Penha ; Guaramirim , Schroeder , Jaraguá e Corupá ; Campo Alegre , São Bento e Rio Negrinho . Cada um com sua identidade , sua autonomia , seu povo .....Mas todos são também pedacinhos de Joinville . Seja pela proximidade , seja pelas relações de qualquer espécie : econômicas , na saúde , na educação , na cultura , no lazer.......
Lá do alto da serra até a lagoa do Saguaçú , deixo aqui meu baraço e meus parabéns a toda essa imensa Joinville pelos 164 anos . Obrigado pela acolhida , minha cidade ! "
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