sexta-feira, 21 de junho de 2013

entrevista com o escritor Milton Maciel-parte 2

Trazemos aqui mais uma entrevista com o talentoso e internacional escritor Milton Maciel: "SMC - De que forma você aborda a violência contra a Mulher em seu livro? Porque escolheu este Titulo para o livro? M.M - O título foi escolhido pela autora norte-americana, Ellen Snortland que o lançou primeiro nos EUA com o nome Beauty Bites Beast; Eu fiz a tradução para o português e participei com uma nova parte, que só existe na versão em português, denominada “O Machismo Oculto”. O livro mostra como a mulher é vítima de violência explícita e oculta. E ensina como se defender de ambas, em suas formas psicológica, física, sexual, profissional e midiática. Um trabalho notável de Ellen que é também instrutora de lutas de autodefesa feminina em Los Angeles, onde a conheci em 2007. SMC - Além de escrever você realiza conferência nos EUA e no Brasil, como começou sua carreira Internacional? E o que você aborda nestas conferências? M.M - Comecei a carreira primeiro escrevendo, em inglês, para sites, portais, revistas e jornais sobre combustíveis fósseis e combustíveis renováveis. Em 2006 fui convidado a fazer uma apresentação na Universidade Boston(VER FOTO ABAIXO). Na volta parei em Miami para fazer turismo e compras e foi um caso de amor à primeira vista. Nunca mais me desvinculei de Miami(VER FOTO ABAIXO). Passei a dar palestras e curso ali, estendendo-os muitas vezes à Califórnia, mais especificamente a Los Angeles e Orange County. Os temas, inicialmente, estavam na minha área de biocombustíveis e agricultura orgânica. Depois, com o lançamento do “A Sopa Química” (The Chemical Broth; broth em inglês é caldo), passei a dar seminários sobre a dieta paleolítica e a contaminação química e biológica dos alimentos convencionais. Atualmente tenho também uma forte atividade paralela, na área do feminismo e no combate à violência contra a mulher. SMC - Como você vê a violência contra a mulher nos EUA e no Brasil? M.M - Não há quase diferença quanto à agressão e ao assassinato de mulheres por seus homens ou por estupradores desconhecidos. A sociedade americana é tão machista quanto a nossa. As mulheres progrediram um pouco mais por lá do que aqui, mas ainda são vítimas das mesmas formas de assédio, desrespeito, discriminação e violência. As mulheres americanas, apesar de existir uma lei proibindo, continuam recebendo 75% do salário de um homem e 60% se forem negras e 50% se forem latinas. Onde a coisa difere é nas estatísticas, mais exatas e atuais as americanas. E, principalmente, nas consequências! A ação da polícia, uma vez acionada, é muito mais rápida e eficiente lá, os processos são julgados mais rapidamente e as penas são mais duras para os agressores. SMC - Como você acredita que será a violência contra a mulher no Brasil daqui a alguns anos? M.M - Bem, nessa área não me confesso o mesmo otimista incorrigível que sou para quase todo o resto. Apesar de já termos as delegacias da mulher e a Lei Maria da Penha, há um longo caminho a percorrer ainda, pois está quase tudo por fazer. E, na minha opinião, agora é a hora de OS HOMENS fazerem a sua parte. Os homens são os estupradores, os agressores, os assassinos de suas companheiras. Para mim há um claro limite para o que as mulheres puderam e podem fazer para se defender desses facínoras. Compete a nós, os homens, fazermos nossa parte também. E ensinar às mulheres que uma mulher não é um reles ser fraco e indefeso, mas que ela pode perfeitamente aprender a se defender usando inteligência ao invés da mera força física. SMC - Como você trata a autodestruição alimentar em seu livro(VER FOTO ABAIXO DA CAPA DO LIVRO)? por que eu devo ler o livro a Sopa Alimentar? Tem um publico especifico de leitor ou qualquer um que tenha interesse pelo tema pode lê o livro? M.M - O livro é dirigido ao público em geral, sendo classificado como um livro de DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA. Serve para mostrar às pessoas como nosso sistema alimentar traz para nós todos um custo elevado demais para a saúde e para o bolso. Incidentalmente, vai ajudar as pessoas com excesso de peso a normalizá-lo, mas não foi concebido para ser um mero livro de dieta de emagrecimento. SMC - Como você se sente ao ministrar uma palestra nos EUA e no Brasil, existe alguma diferença de público, de recepção ao tema? Se sim, quais? M.M - Não há diferenças sensíveis. Em Miami dou palestras para os hispânicos(VER FOTO DA COMUNIDADE HISPÂNICA) em espanhol, que é tão primeira língua para mim como o português (nasci na fronteira, filho de pai brasileiro e mãe uruguaia); Para os brasileiros (há 250 mil deles no sul da Flórida), evidentemente em português. E, para americanos e todos os outros estrangeiros, em inglês. Em nenhum desses grupos de nacionalidades encontro qualquer diferença. É claro que para os americanos o interesse é maior, em razão de estarem mais adiantados também na gravidade do processo de auto-destruição alimentar, com 2/3 da população com excesso de peso ou obesa e um quarto das crianças francamente obesas também."

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