quarta-feira, 29 de maio de 2013

POEMA SONORO-perfil

Com vocês agora um pequeno perfil da banda POEMA SONORO,publicado no site TOQUE BRASIL: "O Grupo Poema Sonoro, formado em 2008, tem como objetivo musicar poemas de nossos poetas joinvillenses (Caco de Oliveira, José Miguel, Bettina Weege, Norberto Well, Malú Barni, Borges de Garuva, entre outros) e catarinenses (Lindolf Bell, Lausimar Laus, Judith Laus Bayer, Raul Costa, Renata Paz, entre outros) e, desta forma, disseminar a arte poética por meio da música. Desde sua formação o Grupo poema Sonoro tem se apresentado em escolas, feiras de livros, Teatros, programas de TV e Rádio, livrarias, projetos promovidos pela Fundação Cultural de Joinville e projetos promovidos pelo próprio Grupo. Em 2011, o Grupo Poema Sonoro gravou o CD “Imanente”, com apoio do SIMDEC (Joinville – SC). IMPORTANTE: PARTE DA PRODUÇÃO DO INCART DO CD É EM BRAILLE, PARA QUE O DEFICIENTE VISUAL TENHA ACESSO AOS POEMAS MUSICADOS, sendo distribuídos gratuitamente para as instituições do Estado de Santa Catarina que atendem o deficiente visual."

entrevista:POEMA SONORO-parte final

*DE TODAS AS SUAS MÚSICAS QUAIS SÃO SUAS PREFERIDAS?POR QUE? PATRÍCIA-Para min todas têm a mesa emoção! MARCO AURÉLIO-NADA É POR ACASO,pelo fato de a Patrícia ter transformado uma frase simples em uma canção complexa e também porque ela é um resumo do que é o POEMA SONORO CASSIANO-Eu gosto de várias músicas:SERRA,PÔR DO SOL,NADA É POR ACASO....SERRA é aquele tipo de música que te faz viajar. EDUARDO-MORTE, pelo seu jogo de palavras;seu clima de mistério e também porque a sua letra é uma reflexão sobre nossa vida. *QUE MENSAGEM VOCÊS DEIXAM PARA OS LEITORES DO BLOG? PATRÍCIA-O Norberto Well pouco antes de morrer escreveu uma frase em nossa homenagem , que nos deixa muito honrados,resumo bem o que é nosso trabalho e que é o seguinte: "Quem não gosta de estar em um lago belo cercado pela vegetação em qualquer tempo?é assim que imagino deve se sentir o leitor diante de um poema.Mas no momento em que esse lago se movimenta,se transformando em um rio,e ele flutua ao gosto da corrente .certamente experimenta mais intensamente o sabor das águas.E a música tem esse poder:converter o lago em rio,em direção ao mar sem fim com suas quedas ,remansos,águas violentas,temporais,represas,corredeira e águas mansas.O poema com música é o rio escrito pelo Universo."(NOTA DO BLOG:Norberto Well foi um poeta falecido em 2011 e esta frase aparece no encarte do cd IMANENTE,lançado em 2012)

terça-feira, 28 de maio de 2013

entrevista:BANDA POEMA SONORO-parte 2

*COMO É SER MÚSICO EM JOINVILLE?COMO É A RELAÇÃO DE VOCÊS COM OUTRAS BANDAS DA CIDADE? EDUARDO-É muito difícil.Há muito apoio mas pouco reconhecimento das pessoas.Falta também conhecimento de todas as dificuldades que um músico enfrenta. MARCO AURÉLIO-Os donos das casa de espetáculo preferem a quantidade no lugar da qualidade.Eles pagam cachês baixos a músicos iniciantes tirando espaço de profissionais mais experientes.Estamos adotando uma postura profissional e exigindo cachês por um valor mais justo e compatível com a qualidade de nosso espetáculo PATRÍCIA-Alguns donos de casas de espetáculo têm procurado priorizar a qualidade,porém ainda são poucos.E também são poucos os músicos que podem impor o cachê que querem,geralmente são os músicos mais conhecidos e que têm nome MARCO AURÉLIO-A situação do músico joinvilense tem melhorado um pouco com a atuação cada vez maior da AMUJ(Associação dos Músicos de Joinville)e com o SIMDEC(NOTA DO BLOG:esse é um fundo municipal de apoio a projetos culturais).Seria interessante existir em Joinville um espaço exclusivo para a apresentações dos músicos.Participamos de um festival de música em Timbó e eles estão nesta área muito na frente de Joinville.(NOTA DO BLOG;com a exceção de Cassiano,que é engenheiro,todos os membros do POEMA SONORO sobrevivem da música.Marco Aurélio e Eduardo também são professores de música) *QUAIS SÃO SUAS INFLUÊNCIAS MUSICAIS? EDUARDO-Somos bastante ecléticos e gostamos desde mpb até rock.A nossa música não é comercial e aquele tipo de música que toca em um restaurante ou bar.Elas exigem reflexão e que as pessoas estejam atentas às letras CASSIANO-Não dá para rotular nosso som MARCO AURÉLIO-Eu definiria nosso estilo como POEMA SONORISMO,ou seja,único.Musicamos poemas muito curtos como um de Caco de Oliveira e também poemas muito longos como SERRA e tudo é impossível de alguém imitar

entrevista:BANDA POEMO SONORO

Na bela e bucólica rua Orleães(bairro América),no sótão de uma antiga casa de número 248,funciona uma fábrica.E não se trata de um local cinzento,sério e triste mas sim de um local onde se produz um som lírico,poético e de altíssima qualidade,ou melhor,um POEMA SONORO!Neste local ensaia o grupo musical surgido em 2008 e formado por MARCO AURÉLIO SCHMIDT(teclado);PATRÍCIA SAYURE DE MELLO(vocal);EDUARDO DOS SANTOS(flauta e sax)e CASSIANO GARCIA(percussão).Ontem(27 de maio)o ALAMEDA CULTURAL teve a honra de entrevistar estes operários da poesia.Agora confira como foi nossa conversa: *COMO SURGIU O GRUPO,COMO SURGIU A ATUAL FORMAÇÃO E QUAL A CAUSA DO NOME? MARCO AURÉLIO-O núcleo inicial do grupo surgiu em 2007 era formado por min e pelo Cassiano.Nossa primeira apresentação foi no teatro Juarez Machado e na oportunidade fiz um recital de piano CASSIANO-Em 2008 surgiu a idéia de se criar um conjunto e o primeiro nome foi MP-7 devido ao número de integrantes do conjunto,mais tarde mudamos para Sótão devido ao local onde ensaiávamos(NOTA DO BLOG:o mesmo local onde foi feita esta entrevista) MARCO AURÉLIO-A primeira formação era bastante eclética tanto em matéria de idéias ,de idades e de experiências profissionais.Assisti uma apresentação fantástica da Patrícia no Bolshói,rompi com minha timidez e me apresentei a ela.Ela gostou do projeto e entrou no grupo.O Eduardo já havia sido meu aluno de piano na Casa da Cultura e eu também já conhecia seu trabalho como músico.Ele foi o último a entrar no grupo. O nome POEMA SONORO surgiu do fato de eu já musicar alguns poemas,o que faço ainda hoje com meus alunos na Casa da Cultura.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

hino de Joinville-parte 2

No texto Manezinho do Rio Cachoeira,de autoria do jornalista Rodrigo Schwarz e publicado no jornal A Notícia em julho de 2009,o leitor pode conhecer a história do hino de nossa cidade.Hoje trazemos a letra do hino,que também durante um certo período(1976 a 1998)foi o hino oficial do Joinville Esporte Clube(JEC)e que devido as suas conquistas na década de 80 acabou sendo popularizado: Tu és a glória dos teus fundadores, És monumento aos teus colonizadores, Oh! Joinville Cidade dos Príncipes, Oh! Joinville Cidade das Flores. Às margens do Rio Cachoeira, Um dia o audaz pioneiro, Plantou do trabalho a bandeira E se deu, corpo e alma, ao torrão brasileiro. Depois foram lutas e penas, Mas nunca o herói fraquejou, Com sangue, suor e com lágrimas Do seu próprio corpo teu solo irrigou. Tu és a glória dos teus fundadores, És monumento aos teus colonizadores, Oh! Joinville Cidade dos Príncipes, Oh! Joinville Cidade das Flores. E se hoje o bravo imigrante, Que tua semente plantou, Com a força e o vigor de um gigante Nas mãos com que, em preces, ao céu suplicou, Te visse radiosa e pujante, Nascida na mata hostil, A imagem da Pátria distante Veria, grandiosa, exaltando o Brasil!

vulgo galinha tonta

Gert Mueller esteve na cidade de São Francisco, em Minas Gerais, à beira do Rio São Francisco, onde encontrou um capiau sem os dentes da frente, que se chama Evaldson Bispo dos Santos, vulgo Galinha Tonta, que fala e lê em inglês, alemão e japonês. Ele disse que apareceram, em sonho, três meninos, um inglês, um alemão e um japonês, que lhe ensinaram os respectivos idiomas! Gert ficou impressionado com o alemão dele e falou bem rápido para ver se entendia, e o Evaldson entendeu tudo! Entrei em um site agora e vi que ele montou uma escola no quintal de sua casa e ensina os 3 idiomas para pessoas carentes. O Gert falou que quando aparecem estrangeiros no hotel, onde estava hospedado, o pessoal chama o Galinha Tonta para traduzir... não é incrível!? Evaldson já foi apresentado no Fantástico e já se encontrou com o Imperador Hirohito do Japão. *O TEXTO É DE AUTORIA DE HILTON GORRESSEN(foto abaixo),FUNCIONÁRIO APOSENTADO DO BANCO DO BRASIL E UM DOS GRANDES ESCRITORES DE JOINVILLE

sexta-feira, 24 de maio de 2013

MANEZINHO DO RIO CACHOEIRA

MÚSICA JOINVILLE CIDADE DAS FLORES, DO POETA E COMPOSITOR ZININHO, FOI CRIADA PARA A FESTA MAIS IMPORTANTE DO MUNICÍPIO, COINCIDIU COM A CRIAÇÃO DO JEC E ACABOU SE TORNANDO HINO Cláudio Alvim Barbosa, o Zininho(VER FOTO ABAIXO) ,compôs os hinos de duas importantes cidades de Santa Catarina: Joinville e Florianópolis. Nos dois casos, a emoção veio antes do decreto. Não foi a cidade que impôs uma canção aos habitantes foi o povo que cantou durante anos as composições memoráveis de Zininho, até serem oficializadas como hinos. A canção que seria conhecida em 1977 como o hino de Joinville foi criada no começo daquela década. A Rádio Cultura contratou o poeta e compositor Zininho, de Florianópolis, para criar uma canção para a Festa das Flores. Um dos idealizadores do projeto foi Ildo Campello, um pernambucano que veio para Joinville como promessa de bom goleiro para o Caxias Futebol Clube. Campello não se tornou uma lenda dos gramados, mas foi um dos maiores nomes da história do rádio local. Ele conversou com Zininho sobre a cidade, que gravou no estúdio da RGE, em São Paulo, “Joinville Cidade das Flores”. A música foi cantada pelos Titulares do Ritmo, um grupo de cantores cegos. Pelo bairrismo da letra, parecia que o manezinho Zininho, que morreu em 1998, tinha passado a vida inteira às margens do rio Cachoeira. Segundo o radialista José Eli Francisco, a canção gerou uma grande comoção na cidade e era tocada em todos os tipos de eventos. “Ela coincidiu com a criação do Joinville Esporte Clube (JEC). Em 9 de março de 1976, em partida do JEC contra o Vasco, no Ernestão, a banda do Batalhão tocou a música do Zininho como se fosse o hino oficial da cidade”, lembra Eli. Em 1º de julho de 1977, o então prefeito Luiz Henrique da Silveira oficializou o hino que a população já havia adotado. Cláudia Barbosa, filha de Zininho, conta que em Florianópolis aconteceu o mesmo. “O ‘Rancho de Amor à Ilha’ não foi escrito para ser o hino da Capital. Mas a canção teve tanto sucesso que acabou sendo oficializada”, diz. Cláudia lançará em setembro deste ano “Um Manezinho de Apelido Zininho”, um documentário sobre seu pai. Nascido em Biguaçu, em 8 de maio de 1929, o poeta e compositor recebeu o nome de Horzino. Por sorte, a família pode fazer um longo test drive do nome. Ele só foi batizado cinco anos depois do nascimento e o pai mudou o nome para Cláudio. Mas ficou o apelido, Zininho. A avó de Zininho sempre tentou afastá-lo da música. Ele chegou até a ser taxista. Segundo Cláudia, não deu muito certo. “O Manoel Menezes sempre chamava meu pai para transportar os artistas que chegavam à Capital. Uma dessas corridas foi com o Orlando Silva. Entraram ele, o meu pai e o Manoel no táxi. Desapareceram por três dias”(risos). Zininho teve também uma barbearia. O problema é que Barbearia Do-ré-mi era localizada ao lado de uma loja de discos. “Adivinha onde ele ficava o dia inteiro?”, brinca Cláudia ARRANJO NOVO A Orquestra 6/8 Violões, de Joinville, fez recentemente um arranjo para o Hino de Joinville. Quem transpôs a composição de Zininho para as seis cordas foi o violonista Marcus Llerena. “Muita gente da cidade não conhece o hino. É uma forma de resgatar essa bela composição”, diz Llerena. FONTE:texto escrito pelo jornalista RODRIGO SCHWARZ para o jornal A NOTÍCIA em 18 de julho de 2009

terça-feira, 14 de maio de 2013

nota do blog

O artigo UM POUCO DE POLÊMICA é de autoria de MILTON WENDEL,polemista bastante atuante nas redes sociais

segunda-feira, 13 de maio de 2013

um pouco de polêmica

MARAUJÁ,BACUCU E A BMW A montadora de carros alemã Bayerische Motoren Werke está iniciando a construção de uma fábrica de carros no município de Araquari, norte de Santa Catarina. Araquari é um município pobre, mantém com Joinville uma sazonalidade de dormitório, produz maracujá, bacucu e alguns frutos do mar. Entre os principais contribuintes está um posto de combustíveis situado às margens da Br 101. Nos anos 70 uma empresa canadense devastou grandes áreas do município para plantar Pinus eliotis usufruindo de benefícios fiscais. Se a canadense teve ou não bons resultados com a ação, não se sabe - o fato é que Araquari não ganhou nada. Continuou um município pobre. Agora a BMW acaba de receber um empréstimo de R$240 milhões do BRDE. O juro é de 8% ao ano o que praticamente vai empatar com a inflação. Dinheiro barato. Praticamente dinheiro de graça. Fruticultores que investem em pomares de maracujá precisam tomar dinheiro a juros bem mais altos. Maracujá é um alimento saudável. Carro é um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil. Estão todos felizes com a vinda da BMW. Durante o ciclo da borracha, na Amazônia, as pessoas abandonaram a lavoura e a cata de alimentos na floresta para irem trabalhar na sangria das seringueiras. Ganhando mais dinheiro, podiam se alimentar com comida enlatada, importada. Deu beribéri. Em que grau vai ocorrer o beribéri em Araquari eu nem imagino. Mas o BRDE bem que poderia liberar uns 240 milhões a juros baixos para a fruticultura local. Desenvolveria bem mais do que uma fábrica de problema de saúde pública.

ritual de passagem

Vieram as crianças da redondeza, sem pais e com cães ferozes. Um deles mordeu o braço da boneca. A menina escolheu o missal, causou estranheza. Seis anos, pouco demais para as rezas do corpo. Sua fome era das migalhas dadas aos porcos. Uma dor que não sabia brincar escorria pelos seus olhos. Aos dezesseis havia enterrado todos os brinquedos. A cada dez soterramentos, sua pele ia se soltando da boca. Até que sem voz, percebeu que o amor era um cadáver em cima do criado-mudo. *O texto é de autoria de Rita de Cássia Alves-poetisa,professora e agitadora cultural

quinta-feira, 9 de maio de 2013

nota do blog

O poema publicado ainda há pouco é de autoria de Rita de Cássia Alves,poetis,professora ea agitadora cultural

momento lírico

ESCRITURA DAS VIAGENS NO PAPEL As malas estão prontas. Cabem em seus reservados, restos de um carbono indigesto. Os invasores da escrita andam sobrecarregados de tinta. Querem que a palavra se encaixe em qualquer compartimento, mas a inspiração lhes rouba a delicadeza do grafite. A imagem almeja o sangue azul das canetas, desvirginando papéis. Neles, os muros e as casas assinam alguém que ama. Em volta, o pensamento hospeda vontades: homem e deus nascem na estrebaria do Verbo. Como ordenar sentenças, se o ímã do desejo aguarda bússolas? Os viajantes não descansam a solidão nem suas pedras à beira do caminho. Não há poema que lhes oriente ou lhes vingue, porque os paradeiros do dizer vêm de molas, sem as malas. Elas se extraviam. O branco do olho vê os mapas da viagem. O texto nacarado é solidário, e o poeta, um arrebanhador de pérolas. A língua umedece vocábulos e pára nas esquinas. Saboreia a linguagem dos aventureiros que chegam a lugar nenhum, porque vivem desgarrados de sentido. Tenta articular o som dos pés que partem, mas chega a sós nas frases inacabadas. Entre os esboços e uma janela, qualquer escrito nasce prematuro. Criaturas são incorreções à procura de páginas.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

a rua de joinville


Várias vezes você deve ter ouvido a Rua das Palmeiras ser chamada de ALAMEDA BRUSTLEIN. Mas afinal,por que esse outro nome? Pode-se afirmar que a história da Rua das Palmeiras começa em 25 de setembro de 1835, portanto, 16 anos antes da fundação oficial de Joinville. 

Naquela data nascia em Mulhouse, na região européia da Alsácia-Lorena ,FRÉDÉRIC BRUSTLEIN(na foto acima),filho do industrial Peter Brustlein e de Catharina Brustlein. A região, durante séculos foi disputada entre a França e a Alemanha, ora pertencendo a um e, depois a outro. Assim,   só pertencendo a França definitivamente,  à partir de 1919, depois da derrota alemã na Primeira Guerra Mundial, daí o seu sobrenome alemão.

Em julho de 1865 foi nomeado o representante do Príncipe de Joinville em substituição a Emile Mathorel. Chegando aqui, encontrou um casebre deteriorado que serviu de moradia a seus antecessores e que se localizava defronte a atual Rua 9 de Março. Em 1866, em uma área vastíssima que se estendia das margens do rio Cachoeira a atual Rua do Príncipe começou a ser erguido o Palácio dos Príncipes (desde 1961, o Museu Nacional de Imigração e Colonização). 

Era necessária uma construção que fosse ampla,confortável e imponente, não só para uma possível moradia do príncipe de Joinville e sua esposa, como também, estadia para visitas ilustres de passagem pela cidade. Uma construção imponente exigia também uma entrada imponente.

No mesmo ano de 1866, Frédéric Brustlein pediu a Johann Otto Louis Niemeyer, diretor da colônia Dona Francisca (os ocupantes desse cargo representavam a SOCIEDADE HAMBURGUESA, empresa responsável pelo início da colonização de Joinville), que trouxesse do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, sementes da palmeira imperial plantada pelo rei de Portugal Dom João VI em 1809. Em junho de 1867 Niemeyer trouxe as sementes, mas, as palmeiras só seriam plantadas mais tarde: a primeira etapa em 1871 e, a segunda, em 1873.

Eram 56 palmeiras cujo plantio ficou a cargo do jardineiro e imigrante alemão Johann August Boettcher e até água salgada do mar a teria servido para rega das plantas. Todas as palmeiras cresceram normalmente, exceto uma: a segunda palmeira à direita, próxima do Palácio dos Príncipes, que acabou se bifurcando. Com o alargamento das ruas do Príncipe e Rio Branco, quatro palmeiras foram sacrificadas (duas do lado da rua Rio Branco e duas do lado da rua do Príncipe).

Em 1973, a primeira grande mudança: seguindo projeto do consagrado artista plástico joinvilense Juarez Machado, a Rua das Palmeiras foi ajardinada com duas vias laterais para passagem de carros e a colocação no local do busto da Princesa Dona Francisca ,de 1926 e de autoria do escultor Fritz Alt, originalmente no local onde está a sede da Biblioteca Pública Municipal. Em 2012, tudo voltou quase como era antes, desta vez, com a via central entre as palmeiras somente para pedestres.

  Quanto ao seu idealizador FRÉDÉRIC BRUSTLEIN, além de admisnitrador dos bens do Príncipe de Joinville na região, também foi representante da SOCIEDADE HAMBURGUESA, empresário do setor de transporte fluvial entre Joinville e São Francisco, militante do movimento abolicionista pelo fim da escravidão no Brasil e, após se naturalizar brasileiro: vereador,deputado provincial (equivalente hoje, a deputado estadual) e prefeito de Joinville entre 1895 e 1898. Faleceu em 1911,curiosamente sem deixar filhos ,mas deixando talvez, como sua grande herança, aquele que hoje é o grande cartão postal da maior cidade do estado de Santa Catarina.