terça-feira, 30 de julho de 2013

Agende-se:Filme joinvilense A NOIVA DE TARANTINO

Sim,Joinville tem produções próprias de cinema!Trata-se do filme A NOIVA DE TARANTINO,de ÉBNER GONÇALVES(FOTOS ABAIXO),que será lançado no próximo dia 5 de agosto.Confira abaixo matérias a respeito desse filme: "Ebner Gonçalves vai lançar no dia 5 de agosto, às 21h, no GNC Cinemas do Garten Shopping, o filme “A Noiva de Tarantino”.A produção, contemplada pelo SIMDEC, é uma obra de ficção que tem como norte a relação familiar. A figura central é de uma jovem que é fã de Tarantino e de Uma Thurmann, atriz principal no filme Kill Bill. O nome do curta é uma alusão obviamente ao Mestre Tarantino. Entretanto, não é uma obra inspirada em algum de seus roteiros. O filme foi rodado na cidade com elenco de atores e atrizes locais. A sessão terá entrada gratuita mediante lotação da sala de cinema."(FONTE:Jornal NOTÍCIAS DO DIA,30-7-2013) 'A Noiva de Tarantino, novo curta-metragem de Ebner Gonçalves (do documentário Joinville 1951), não nega a fonte nem no seu cartaz de divulgação, esse aí em cima, elaborado pelo fotógrafo Guto Gonçalves e onde aparecem os atores Cristiano Nagel, Robson Benta, Fernanda Moreira, Helena Pereira e Miwa Onaka. As referências tarantinescas se revelam no escancarado tom setentista da peça visual e na pecha "produção B" que alguns certamente lhe darão. Se tais detalhes também vingarão na tela, só saberemos em 5 de agosto, no cinema do Joinville Garten Shopping, data e local da pré-estreia do filme. Depois, deve circular por festivais, espalhando por aí o drama e o kung-fu de uma garota que é fã de Tarantino e de Uma Thurman, musa do diretor e estrela de Kill Bill. Uma fanpag do projeto no Facebook irá ao ar ainda nesta semana, onde um making of surgirá em breve."(FONTE:site clicRBS)

Um pouco de polêmica:depoimento de BORIS PAHOR-parte 2

Aqui a segunda parte do depoimento do escritor esloveno BORIS PAHOR ,publicado no site PAULOPES.A sua história é comovente!VAMOS CONFERIR! "Eu estudei a matéria por dois anos, mas continuava sendo marcado pela dúvida com relação à fé. (...) No fim, eu decidi abandonar a teologia e fui então considerado apto aos trabalhos: fui chamado às armas e acabei no regimento que me foi atribuído na Líbia(FOTO ABAIXO). (...) Tendo voltado a Trieste(FOTO ABAIXO) depois do dia 8 de setembro de 1943, tornei-me militar foragido por não ter cumprido a ordem de me apresentar ao comando alemão e me uni à luta clandestina antinazista. Eu era sargento. Obviamente, a Gestapo levou isso conta: acabava-se em um campo de concentração se não se aceitava combater ao seu lado, mas no meu caso foi um texto antinazista encontrado na minha casa pela milícia eslovena colaboracionista, que tinha um quartel em Trieste, que me abriu as portas do campo de concentração. Foi no campo de Struthof-Natzweiler, nos Vosges, que ficou vivo em mim o fator religioso. O campo era feito de terraços. Na parte mais baixa, estava o forno crematório que estava sempre ativo, durante o dia com o cheiro insistente, de noite com a chama sempre presente acima do tubo metálico que servia de chaminé. Uma noite, reunidos nos terraços, tive a impressão de que estávamos enfileirados em uma pirâmide entre os montes devotados ao nada. Eu rezei. Foram três Ave-Marias em esloveno, acompanhadas do compromisso de ir ao santuário da montanha dedicado a Nossa Senhora de Svete Višarje (o Monte Santo de Lussari-FOTO ABAIXO, Luschariberg em alemão, de 1.700 metros de altura), aonde, quando estudante, íamos escondidos para estudar a nossa história e literatura. Foi a única vez que eu rezei, porque depois, graças a uma infecção na mão, eu pude entrar em contato com o médico Jean Lareyberette, com o qual eu tive um diálogo em francês. Graças a isso, o doutor me indicou ao doutor Poulsen,e eu me tornei o seu intérprete, condição que me permitia passar por cima da convocação às varandas esculpidas na parede da montanha a 1.800 metros, com a neve e com a chuva. (...)"

Estação da saudade

Afinal o que será necessário para que uma cidade se torne uma dita "cidade progressista"Indústrias?Avenidas larga e ruas pavimentadas?Aeroporto?Prédios?No distante ano de 1906 a resposta era certa:estar servida por uma ferrovia.Por muito pouco Joinville não ficou privada deste privilégio e pelo projeto original a linha férrea que hoje corta a cidade ficaria distante de Joinville cerca de 25 quilômetros.....Por insistência da Câmara de Vereadores e ,especialmente ,do influente político e industrial ABDON BAPTISTA(baiano radicado em Joinville desde 1884,prefeito da cidade em 2 oportunidades,vice-governador do Estado,deputado federal e senador)o projeto foi revisto e o sonho realizado! " A estação de Joinville foi construída junto à cidade, segundo contam, por exigência da própria cidade. Por isso a linha faz uma grande curva para o norte e depois retorma o sul no sentido de São Francisco do Sul. A inauguração da estação ocorreu em 1906, (uns dão a data de 29 de julho, outros de 8 de agosto) quando o trecho Joinville-São Francisco do Sul foi terminado, tendo sido posto em operação apenas em 1909, quando o trecho foi prolongado até Hansa (hoje Corupá). A RVPSC dava como data oficial de inauguração o dia 01.06.1910. Em 1917, o prédio foi ampliado. Depois de mais de noventa anos de serviços à cidade, até 1996, quando foi fechada pela RFFSA(Rede Ferroviária Federal SA,empresa estatal que administrava as ferrovias nacionais), a estação, em estilo enxaimel alemão, foi abandonada, com as composições da ALL(América Latina Logística), atual concessionária que utiliza a linha, passando de/para o porto de São Francisco do Sul. Em 1999, foi comprada pela prefeitura municipal e transformada em "ícone turístico". O prédio da estação esteve totalmente abandonado, servindo como moradia de mendigos, traficantes, pombos e cupins por muito anos, mas no final de 2003 começou a ser finalmente restaurado. Ao seu lado, o armazém de cargas, construído em 1947, abriga o Museu da Bicicleta. O antigo armazém de 1910 era de madeira e não existe mais. No pátio ainda existem outros prédios e casas, com diversos usos, muitos irregulares . No final de 2004 a restauração continuava em andamento e o prédio da estação estava cercado com tapumes. No armazém de cargas, parte do teto de madeira desabou. Um jornal da cidade, de 08/02/2006, entretanto, mostra que hoje as obras estão paradas: "Quem passa pela frente da Estação Ferroviária de Joinville, que completa seu centenário de inauguração este ano, constata um cenário de abandono. Paredes estão pichadas e o mato toma conta do entorno do antigo prédio. Placas indicam investimentos de recursos municipais e federais. Os dizeres informam que o local será de lazer, com muita música, gastronomia e entretenimento, salas para oficinas, auditório, midiateca e café-bistrô e, assim, tornar-se um novo ponto de encontro de músicos e da população. No entanto, a Prefeitura informa que as obras no local continuam". Em abril de 2008, a Prefeitura enviou para o site o seguinte e-mail: 'Informamos que a Estação Ferroviária de Joinville acaba de ser reformada pela Prefeitura Municipal de Joinville por intermédio da Fundação Cultural de Joinville e do BNDES, sendo entregue à comunidade nesta data. Jeferson S. Damasio - Gabinete do Prefeito - Prefeitura Municipal de Joinville'." Naquele ano de 2008 finalmente a restauração do antigo prédio foi concluída e partir de então se tornou um espaço cultural ,com feiras de artesanato,apresentações musicais e de grupos folclóricos e encontros de grupos de idosos.A arquitetura do prédio lembra a da estação de WINDHOECK,capital da Namíbia(uma ex-colônia alemã na África).A última viagem de litorina aconteceu nojá distante ano de 1991 e infelizmente ,já há algum tempo fala-se numa possível desativação da linha férrea em Joinville,o que é lamentável,visto que ela ajudou a trazer desenvolvimento para a cidade e também é um retrocesso,já que o transporte ferroviário é econômico e largamente utilizado em países desenvolvidos como JAPÃO,FRANÇA,INGLATERRA E ESTADOS UNIDOS.Fica aqui a reflexão a respeito deste assunto! (NOTA DO BLOG:o texto a respeito da história da estação ferroviária de Joinville,destacado entre parênteses, está disponível no excelente e interessante site ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS DO BRASIL,mantido por um grupo de saudosistas do velho e bom trem e cujo endereço é www.estacoesferroviarias.com.br)

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Agende-se:Circo

Essa é para quem gosta do bom,tradicional e saudoso espetáculo circense.Confira abaixo: "UNIVERSO CASUO DATA:17/08/2013 HORÁRIO:17h00 LOCAL:Expoville Rua 15 Novembro, 4315 - Joinville INGRESSO:Pago(Mais informações pelos telefones 3427-2161 ou 3427-2162 ou ainda pelo site www.expoville.com.br) DETALHES: Espetáculo de circo que envolve performance, humor e alegria, para o público de todas as idades. O palhaço principal foi o único brasileiro a ser protagonista do espetáculo “Alegria”, do Cirque du Soleil(FOTOS ABAIXO)."fonte :SITE PORTAL JOINVILLE

Um pouco de polêmica:Deus

Na semana passada trouxemos um texto abordando o espinhoso tema RELIGIÃO,agora o tema é DEUS.Abaixo um trecho de um depoimento do escritor esloveno(radicado na Itália)BORIS PAHOR(VER FOTOS ABAIXO).O depoimento foi publicado no site PAULOPES.Caso você queira entrar nesse site o endereço é www.paulopes.com.br.LEIA E REFLITA: "Para poder expressar plenamente o meu pensamento sobre a religião – eu sou religioso, mas não crente – devo necessariamente ir aos poucos e fazer, por assim dizer, uma espécie de prefácio sobre os anos juvenis marcados pelo fascismo bandido, anárquico, destrutivo que alguns chamaram apropriadamente de antieslavo. Antes de se afirmar como força governativa, o fascismo se manifestou, de fato, em toda a sua intolerância em Venezia Giulia, onde deu vazão ao seu chauvinismo, incendiando as casas de cultura eslovenas e croatas na Istria, destruindo bibliotecas e escritórios. E espalhando um clima de terror anarcoide, até chegar a atirar nas igrejas onde o sacerdote pronunciava o sermão em esloveno(ABAIXO UMA FOTO DA ESLOVÊNIA,SUA PÁTRIA NATAL E EX-REPÚBLICA QUE FEZ PARTE DA EXTINTA IUGOSLÁVIA). Mas, acima de tudo, eu fui marcado pela impossibilidade de aprender e de estudar na minha língua nativa, o esloveno, o que até os primeiros anos de escola fundamental, sob o Império Austro-Húngaro, era algo possível. Retomando o título do livro do amigo Sergio Salvi, Le lingue tagliate, era como se eu tivesse sido privado da minha língua e forçado a usar outra. Por causa dessa violência sofrida, subitamente me transformei em um péssimo estudante, certamente não porque eu não compreendia as aulas, mas por um sentimento de apatia, devido em parte à distração, em parte à indiferença com o que me estava sendo ensinado em um idioma estranho para mim. Foi assim que a minha mãe, que era uma mulher muito piedosa, ouviu uma amiga que aconselhava a me mandar para o seminário para fazer com que eu entrasse na maturidade. (...) Eu comecei a me dar conta de que o estudo da teologia me afastava da vida normal, que eu não tinha como conhecer, que se revelava a mim através da leitura de obras literárias clássicas eslovenas que, de tempos em tempos, eu conseguia pegar emprestadas. (...)"

Momento Lírico:Fuga

Hoje há uma estréia no ALAMEDA CULTURAL....nascida em Guaramirim(a antiga Bananal)e radicada em Joinville desde 1988 ela trabalhou muitos anos na área comercial,morou em Atlanta(Estados Unidos)e São Paulo e só em 2012 escreveu seu primeiro livro,mais especificamente de poesias,chamado METAMORFOSICAMENTE PENSANDO e em suas próprias palavras as suas poesias são existencialistas,abordando nossos sentimentos e situações cotidianas.Estamos fazendo uma descrição de MARINEI LUÍZA VERBINEN VALCANAIA(FOTO ABAIXO), que pela primeira vez tem um de seus poemas publicados aqui no ALAMEDA CULTURAL.AGORA VAMOS CONFERIR! "Fujo do meu passado e da minha dor, mas não tenho muitos lugares para me esconder, eles me perseguem, me acompanham dia após dia… Procuro no horizonte uma inspiração, em minhas noites um sono tranquilo com sonhos encantados e nas pessoas uma motivação para fazer e ser diferente… Meu passado ofusca meu presente, pois deixou marcas profundas em meu coração, mas o meu futuro eu ainda posso mudar, pois depende das minhas atitudes, da minha maneira de agir e pensar para que o universo conspire a meu favor… Permissão para quem entra e sai de nossas vidas somos nós mesmos que damos, portanto esse poder ninguem pode nos tirar, pois tem pessoas que nos fazem bem, nos agregam, nos impulsionam para frente e outras nos puxam para baixo, nos reprimem, então sintonize essa energia para selecionar e permitir quem vai ficar… Nossos pensamentos devem ser equilibrados e calmos para que possamos enxergar o obvio, deixar para trás o que não deu certo e esquecer o que não nos faz bem, essa é a melhor maneira de amenizar a dor de um passado conturbado… Cuidado com o que pensas, pois somos uma fonte de energia e atração, pois atravez dos pensamentos podemos nos confundir e retardar nossas decisões, podemos ser manipulados por algo ou alguém que nos quer prejudicar… Portanto penso em um futuro desconectado do meu passado, só assim poderei lembrá-lo como uma fonte de aprendizado e de superação… Ahhh!!! ía esquecendo… Sem dor!!!

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Agende-se:Curso para escritores

Se você gosta muito de escrever e mora em Jaraguá do Sul e região,está aqui uma boa dica: "Estão abertas as inscrições para o curso de Formação de Escritores do Sesc em Jaraguá do Sul! - O curso tem a intenção de trabalhar com escritores da região, realizando um curso de 22 horas para que seja desenvolvida e melhorada a arte de escrever. - Para realizar sua inscrição é necessário trazer um texto de sua autoria, curto (até uma lauda) para que o assessor saiba o estilo de cada participante. A inscrição só será feita, com a entrega deste texto! - Inscrições até 31 de Julho com valores de R$: 50,00 (Usuário) e R$: 25,00 (Comerciário); - Oficina será ministrada por Luís Pellanda de Curitiba nos dias 2, 3, 30 e 31 de Agosto, sendo nas sextas - 19h às 22h e nos Sábados das 9h às 12h e 13h às 18h no Sesc em Jaraguá do Sul; - Este ano, o projeto publicará uma coleção estadual das histórias, selecionando 5 escritores de cada Cidade participante; - Não precisa do cartão Sesc para realizar a inscrição como Usuário. - As vagas são limitadas a 15 participantes. Para assegurar sua vaga, faça a inscrição o mais breve possível a partir do dia 15. *LUÍS HENRIQUE PELLANDA(FOTOS ABAIXO) nasceu em Curitiba (PR), em 1973. É escritor e jornalista, formado pela PUC-PR. Escreveu os livros O macaco ornamental (contos, Bertrand Brasil, 2009) e Nós passaremos em branco (crônicas, Arquipélago Editorial, 2011). Foi cronista e co-editor do site Vida Breve, de 2009 a 2011, e subeditor e colunista do jornal literário Rascunho, de 2005 a 2011. Editor do blog de literatura e música Eletroficção, também é cronista da revista Topview e colaborador da Gazeta do Povo, do Rascunho e do Suplemento Pernambuco. Como repórter, teve passagens pelos jornais Primeira Hora e Gazeta do Povo, onde trabalhou nas editorias de cultura, e pela revista Veja."

Histórias do Hilton....A marcha dos contentes

Mais uma das divertidas histórias do escritor HILTON GORRESSEN,desta vez a respeito das recentes manifestações que aconteceram no país: "A História gosta de sangue, guerras, conflitos, revoluções. Sem conflitos a História não anda. Por isso, tem escondido de todos esta verdade: revoluções não foram feitas por descontentamentos e sim por excesso de satisfação. Veja a Revolução Francesa(VER FOTO ABAIXO). O povo adorava os aristocratas. Achava divertido ler nas colunas sociais sobre as festas em Versalhes. Nobres decrépitos, com perucas empoadas, dançando o minueto com damas vestidas como um repolho, tantas as camadas de roupa em cima delas. Como dizia o carnavalesco Joãsinho (com esse) Trinta, o povo gosta de luxo. É verdade que muitos comiam o brioche que o diabo amassou. Mas foram para as ruas manifestar sua gratidão aos governantes. Não sei o que deu errado, e esses estimados aristocratas foram parar na guilhotina. Na Rússia(VER FOTO ABAIXO), o povo não conseguia entender os nobres, pois os nobres falavam francês e não russo. Mas adorava ver aqueles barbudos fazendo biquinho para falar “monamur”, “padedê”. O povo desejava apenas ter aulas de francês para melhor se entender com seus governantes. E foi para as ruas agradecer a oportunidade de trabalhar de sol a sol para sustentar os aristocratas da Santa Rússia. Em Cuba, rico país que serve de modelo aos governantes sul-americanos, houve revolução não para tirar do poder o ditador Fulgêncio Baptista(FOTO ABAIXO), mas sim para dar-lhe descanso, aposentadoria, permitindo-lhe pegar sua fortuna e ir viver opulentamente em outro país. Pra que melhor gesto de gratidão? Aqui no Brasil – a História se repete – o povo resolveu ir às ruas, não por revolta, mas porque está satisfeito com a classe política e com os avanços sociais e econômicos do país. Como declarou nosso ex-presidente, lá no exterior, o povo quer mais. Mais roubos, mais gastos supérfluos, mais inflação, mais impostos, mais impunidade... Fulano, por que você saiu às ruas? Vim protestar contra o irrisório valor de imposto que estou pagando. E você, Sicrano? “Agardeço a cualidade da enducação que deram a nóis”. E você aí, cidadão? Estou vibrando porque o político em quem votamos conseguiu ficar bilionário em apenas oito anos. Que Deus o guarde! Um velhinho veio em cima da maca, manifestar sua satisfação com o atendimento nos hospitais públicos. Os líderes do movimento carregavam uma imensa faixa: “Um grande país se faz com corruptos e ladrões”. A satisfação era geral, era como se o Brasil tivesse vencido a Copa por antecipação, eis a verdade que a imprensa venal quer esconder. Está provado: o povo só protesta quando está satisfeito." (NOTA DO BLOG:texto publicado no jornal Notícias do Dia, 24/07/2013)

Um pouco de polêmica:O Carlito sumiu !

Mais uma denúncia do incansável movimento BASTA CORRUPÇÃO,desta vez sobre um certo ex-prefeito,que aprendeu muito bem a lição dada pelo chefe de seu partido:FALAR QUE NÃO SABE DE NADA E SE POSSÍVEL SUMIR! "Ex- prefeito de Joinville Carlito Merss (PT) que teve a candidatura a reeleição cassada pela Justiça eleitoral por causa de roubalheira, foi procurado pela reportagem do jornal Notícias do Dia para dar esclarecimentos sobre irregularidades nos contratos da Prefeitura com empresa que faz manutenção da iluminação pública. Carlito simplesmente não atende o telefone."

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Momento lírico:Dia comun

Mais um texto de MILTON MACIEL....desta vez um poema rimado sobre a rotina nossa de cada dia: "Ontem não aconteceu nada, Foi só um dia comum. Ontem nada deu certo; Porém, nada deu errado. Se nada teve conserto, Nada também foi quebrado. Tive alegrias? Que nada! Mas nada me incomodou. Fiquei chateado? Que nada! No entanto, nada mudou. Nada de novo na esquina, Nada fugiu da rotina. Nada houve de horroroso... Que dia MARAVILHOSO!!!"

Um pouco de polêmica:Ser professor

O professor JULIANO CARVALHO BUENO faz uma análise de seus colegas e de certa maneira também um desabafo.Além de mal pagos e humilhados pela sociedade e pelos próprios alunos muitos professores também não se valorizam,o que é lamentável!A profissão de educador é nobre e responsável por todas as outras!AGORA VAMOS AO TEXTO! "A má remuneração dos professores e o desprezo da sociedade em relação a nossa profissão não impede que ainda sejamos uma categoria detentora de conhecimento para ser aplicada na transformação da sociedade. Possuímos o conhecimento e não apenas a informação efêmera e descartável divulgada todos os dias pela mídia. Justamente por possuirmos conhecimento e difundí-los todos os dias dentro da sala de aula temos por uma questão ética a defesa da verdade (ou das verdades). Nossa má remuneração também não impede que possamos lutar por melhores condições de trabalho e que consigamos tornar a sociedade mais justa. Mas justamente por trabalharmos educando nossas crianças e adolescentes tenhamos também a responsabilidade de zelar pela coisa pública e seu bom funcionamento. Se a casa do vizinho está sendo assaltada e você não visualiza a ação do bandido, não significa que esse acontecimento deixou de ser um crime. O crime continuará sendo um crime mesmo sem você ter visto o delito. Vejo que muitos professores reclamam da baixa remuneração, das péssimas condições de trabalho e não fazem uma leitura real do por que desta situação. Vejo professores abominarem a política, reduzindo-a a esfera dos partidos e de políticos com mandatos. São capazes até de chamar alunos engajados em movimentos sociais(VER FOTO ABAIXO) de agitadores, isso em pleno 2013. Você ouve absurdos como por exemplo: - Odeio política, isso não me leva a nada. Não ganho nada me envolvendo com isso – não são declarações de um servo medieval, mas de professores! Mas é esse mesmo professor que todo final de mês quando olha seu contracheque fica desanimado. Será que realmente a política não serve para nada? A escola que é o grande laboratório para se discutir os problemas da sociedade é sufocada pelos próprios docentes que confundem política com politicagem. Será que o sindicato e o governo não fazem política? Será que lutar por nossos direitos não é digno ou necessário? Será que nos contentaremos apenas com tablets e lutaremos todos os anos para mantermos o mínimo de aulas para garantir o pagamento do aluguel? Livros novos nem pensar. Será que poderemos comer o que sobrou da merenda dos alunos ( sim,aquela mesma merenda que sobra e depois é jogada no lixo) sem receber uma bronca? Será que continuaremos olhando apenas a árvore sem perceber a grandeza da floresta? Quero dizer para todos que o sistema é cruel, que o sistema joga um contra o outro – professores contra professores – alunos contra professores – professores contra direção e por aí. Quando ocorre da categoria dividir-se os comandantes do sistema ficam felizes. Onde está o problema ? Respondo com facilidade a todos.O problema está nos desvios de recursos e na politicagem. Como poderemos resolver esses problemas? Resposta: com a verdade, sendo profissionais éticos, defendendo a constituição do Brasil, o estatuto do magistério catarinense e até mesmo a LDB e incentivando nossos alunos a que leiam e defendam uma escola pública com qualidade. Muitos professores não conhecem leis e nem sequer o estatuto do servidor. Mas a lei existe para ser respeitada e é no espaço escolar que isso deve ser defendido e difundido pela categoria. É justamente a ignorância que gera a corrupção e que impede você de ter um salário justo e da sociedade ter uma escola pública descente. Por isso temos que lutar. Temos que sair da zona de conforto. Temos que enfrentar o problema. Pense que você é um professor, e como educador tem responsabilidade perante a sociedade (principalmente em relação ao aluno). Por isso como dizia um certo cineasta inglês: 'Professores ergam os olhos! Ergam os olhos'."

Onofre e o nordestino

Em outra oportunidade trouxemos uma entrevista do escritor MILTON MACIEL para o site REVISTA BIOGRAFIA agora trazemos uma de suas excelentes histórias,esta abordando um curioso encontro de culturas completamente distintas:o Brasil ARRETADO do Nordeste com o Brasil GAUDÉRIO do Rio Grande do Sul(VER FOTOS ABAIXO).CONFIRA A HISTÓRIA E DIVIRTA-SE! "Pois foi num dia de faina qualquer, quando havia uma carga de lã recém-enfardada para mandar da fazenda para a cooperativa. Às duas da tarde encostou o caminhão de Juvenal Paraná, que era quem normalmente fazia esse tipo de serviço. Só que, desta vez, ele tinha mandado seu novo ajudante para se entender com o Onofre e levar a carga. O homem era novo por ali: trigueiro, de baixa estatura, cabelo meio sarará. Apeou da boléia e estendeu a mão. Onofre quase lhe tritura todos os ossos no aperto: – Buenas, tchê! Mas que que tu tá fazendo no caminhão do Juvenal, índio velho? – Ó xente! Sô índio não, só pareço. E sô velho não, seu moço. Sô moço! Eu sô é caboclo dos bom do meu Cariri, no Ceará. Aquele cabra da peste do Juvenal me mandô aqui por causa di que ele foi prum baticum que vai tê num casório, dizque é um tal de Pedrão qui casa mais uma Maria. Dizque vão balançá a tanajura tumbém. Onofre não entendeu quase nada daquela língua estrangeira, do tal país chamado Cariri. E pediu imediata presença de compadre Gaudêncio, com quem foi se aconselhar em particular, deixando o homem do caminhão na espera. – Me diz, cumpadre, como é qui eu vou me entendê com esse baixinho que é estrangero e fala outra língua, parecida só um poco com a nossa? – O home é de fora, é, cumpadre? – Pois é como le digo. Fala esquisito como só. Disse que o Juvenal tá com uma cabra que pegô peste. Mas eu só queria sabê onde é que existe cabra aqui na Campanha. Aqui nós só temo gado e ovelha, nunca que tem cabra. Pelo menos aqui em Santana do Livramento eu nunca que vi uma cabra. – Nunca que tem! E essa cabra pegô peste, cumpadre? – Pois foi o que o homezinho disse. Começa que o índio velho disse que não é índio nem velho e depois me chamô de moço – se é que eu entendi o idioma dele. Ora, que ele não é bugre qualqué um tá vendo, não sei porque ele fala essas bobage. – E que otra coisa esquisita que ele falô, cumpadre? – Bueno, ele disse que ia tê um tal de bate cu num tal de casório, que é casamento, todo mundo sabe. Mas é esquisito ele contá essas coisa das intimidade dos otro que arrecém tão se casando, não acha, cumpadre? Pelo que eu entendi, dizque é o Pedrão que vai fazê isso com uma tal de Maria. Dizque a tal tem uma tanajura mui grande e aí... – Barbaridade, cumpadre! Que eles faça o que quisé não é da conta de ninguém, pra isso eles tá se casando. Mas também saí contando pra todo mundo... que o noivo vai bate o negócio dela... Francamente!... – Bueno, mas vamo vê se o cumpadre me ajuda a entendê a língua dele, que temo que subi a lã pro caminhão ainda cedo. E dirigiram-se, juntos, para o motorista: – Bueno, tchê, tá pronto prá subi as lã? – Eitcha, num mi dissero que a lã ia subi di preço, não. Mai num faiz mal, essa coisa di preço é lá cum o cabra da molesta do Juvenal. – Mas bah, cumpadre, taí ele falando de novo na tal da cabra doente do Juvenal. E que nós temo com isso? Ele que mande curá as bichera dela, ora! – Bueno, vamo mandá carregá os fardo, entonces? – Ah, carregá nós pode começa é já, não pricisava cercá lourenço, seu minino, falasse logo. – Olha só, cumpadre: chamo mecê de menino. Vai vê pensa que tu é um piá de bosta qualqué. Acho que vô sentá o relho nesse desaforado. – Calma, cumpadre Onofre, que nós precisa do frete desse índio velho. E ele disse que nós tava cercando um tal de Lourenço, ou entendi errado? – Arre égua, mai eu já num disse qui não sô índio? E tumbém não só velho, só tenho trinta e oito ano. E cercá lourenço qué dizê arrudiá, fica dando vorta no assunto, sem i direto nele. – Arreá uma égua?! Mas o índio tá loco, onde é que tu tá vendo égua por aqui pra botá os arreio, animal? – Num tem qui arreá nada, que presepada é essa? Afinar, ocês qué qui eu leve a carga o não? Ocês decidi. Inquanto isso, me diz donde qui tem uma casinha, mode eu dá uma barrigada. Os dois gaúchos velhos se entreolharam surpresos, não estavam entendendo nada, mas nada mesmo. – Tu qué dá uma barrigada? Mas isso só se pulá de mau jeito na água do arroio. O é otra cosa? – Não, dá uma barrigada é cumparecê na casinha, arriá as carça e se livrá do barrinho, entendeu? – Ah, bueno, tchê, se tu ta querendo aliviá os intestino, vai ali atrás daquelas macega, tá vendo? Ali é que nós alivia quando tá longe de casa como aqui. – Danou-se! E tem papel, pelo menos, ói qui eu já to ficando avexado. – Home que é home não tem vergonha de cagá, tchê! – Tá bestando, homi? Avexado qué dizê qui to cum pressa, não cum vexame. – Ah, Bueno, entonces vai lá e usa as macega mesmo para se limpá, é como nós fazemo aqui, não cai pedaço. Home que é macho não usa essas coisinha de papel, isso é frescura, tchê! – Tá bom, dexa eu corrê qui tá mal agora. Foi aquele sarapatel com jerimum mais beiju sarolho. Vô ali atrás dos pé de pau e uso as folha das planta mesmo, as tal de macega, é isso? – Isso mesmo, índio velho. Tu entendeu o tá se fazendo de chancho rengo? O Cearense também não entendeu nada, mais saiu na carreira para o meio das macegas. Aí os dois amigos ficaram comentando: – Bueno, eu já tava começando a ficá buzina com esse chiru. Até parece que tá entropigaitado. O tu acha que ele tá se fazendo de chancho rengo? – Chancho rengo? Se fazendo de bobo? Acho que não, cumpadre, acho que,se a gente não entende direito o idioma dele, ele também pode não entender o nosso. Acho que é isso. A gente precisava de um intérprete. – Cuê-pucha, cumpadre! Que que é isso que tu falô, esse tal de ... intérprete? – Bueno, cumpadre, é um turuna que sabe falá os nosso dois idioma, o do Rio Grande e o do tal de Cariri, que é o país dele. – E onde a gente vai achar um taura assim? Tem idéia? – Bueno, só se a gente esperá o Juvenal voltá notro dia, afinal o bagual aí trabalha pra ele, não é mesmo? Mas hoje é o tal do bate cu do casório e a essa altura aquele paranaense já boquejô, e já caturritô tudo o que podia e deve de tá bebendo tudo que é canha que encontra pela frente. Já deve de tá borracho, com certeza. – Pues, sabe que tu tá certo, cumpadre. É isso mesmo. Quando o baixote vier aliviado pra cá, a gente desconversa, diz para esse cuiudo voltá outro dia com o Juvenal e fica o dito pelo não dito. É claro que o Juvenal, mui ambicionero, vem amanhã sem falta pra pegá a carga. E aí ele explica pra nós o que esse azonzado, esse aplastado, tá querendo dizê quando fala essa língua estranha dele. Agora, pensando bem, será que ele não tá é borracho? Tu sabe, um maula emborrachado fala tudo trocado, troca os pé pelas mão. Nesse momento o ajudante de Juvenal, com cara de alivio e beatitude, estava de volta. Compadre Gaudêncio perguntou direto, sem frescura: – Escuta, tchê, tu não tá emborrachado, não? – Emborrachado? Mai cuma? Cumo é qui eu havia di tá emborrachado, si nem passei em posto o borracharia no caminho pra cá? Onofre fez o clássico sinal de jogar bebida na goela e completou: – Borracho, tchê, fica o índio depois que toma um monte de canha. – Ah, oceis qué sabê foi si eu tô chei dos pau, de cara cheia de cachaça, é isso? Si eu bebi muita pinga no caminho? Se oriente, homi, qui eu bebi fui um nadica di nada, só tava com uma fome de lascá o cano, comi fui muito daquele sarapatel, que ficô agora nas macega de oceis. Oceis tão me fazendo é ri, e um muito! Acho qui vou quebrá a tripa gaiteira. Ha, ha, ha... E, de fato, o cearense dobrou-se de tanto rir, quebrou mesmo a tripa gaiteira, soltou uma solerte gaitada. – Barbaridade, cumpadre, o homezinho tá tendo um ataque de riso. Se tá rindo da gente, vamo cagá ele a pau, dá-le uma sumanta de laço, é falta de respeito. – Deixa disso, cumpadre Onofre, o home até que é boa gente, ele tá rindo é do rumo da nossa conversa, que a gente não entende a língua dele nem ele a nossa. A regra de hospitalidade manda a gente tratá bem os estrangero que chega na nossa terra, não é mesmo? Pois então, vamo pedi pra ele voltá otra hora com o Juvenal e vamo oferecê umas canha, um amargo e um churraco pra ele, o que que o cumpadre acha? - Bueno, acho que o cumpadre tem razão. Vamo isquecê essa trapalhada toda, mas vamo convidá ele pra mateá e pra churrasqueá com a gente um otro dia, quando o Juvenal pode fazê o trabalho do tal de intérprete, tá certo assim? – Macanudo, cumpadre Onofre. Vamo falá pro home então. E foi assim que falhou a primeira tentativa de aproximação entre as culturas de Santana do Livramento e do Cariri cearense(VER FOTOS ABAIXO). Por culpa das óbvias barreiras intransponíveis entre os dois idiomas pátrios. Não há como não vir à nossa memória o trabalho pioneiro de aproximação dos povos, desempenhado, um dia, pelos irmãos Vilas Boas, no Xingu..."

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Agende-se:Lançamento de livro

Como já havíamos comentado na semana passada,amanhã ocorrerá o lançamento do livro de coletâneas de escritores integrantes da ASSOCIAÇÃO CONFRARIA DAS LETRAS,que se reuniu no último dia 2 de julho na Biblioteca Pública Municipal.Haverá coquetel e o lançamento será às 19:30 hs na livraria CURITIBA.IMPERDÍVEL!PRESTIGIE OS ESCRITORES DE JOINVILLE!

Um pouco de polêmica:Religião

em tempo de vinda de um papa um texto sobre o sempre tema RELIGIÃO,escrito YIGAL CAVALCANTI para o site PAULOPES: "Estou longe, mas na irmandade que nos une, que é a luta pela comunicação e informação não confessionais, livres, a serviço da emancipação de toda a humanidade; estamos muito próximos, e também daqueles todos que neste momento lotam as praças e as avenidas do mundo! Ninguém aguenta mais o despotismo dos Estados e a farsa obscurantista das religiões...Quem sabe chegou o momento de nos livrarmos de todos. Não é fácil, sabemos. São seis mil anos de mentira patriarcal despótica, ininterrupta, a legitimar institucionalmente a injustiça e a "sacralizar" a violência. E este dogma iníquo do sacrifício, sustentado pelas religiões, ainda serve de sustentáculo no inconsciente da humanidade, para produzir a insaciável avidez por sangue...E o planeta já "no vermelho", como se diz, para tão somente após destruírem tudo, em nome de um "crescimento inexorável"... Chegarem à constatação de que o seu Deu$ o Senhor dos Exércitos e da guerra não irá presenteá-los com outra terra substituta."

Foto filosofia

Agora uma mensagem foto filosófica enviada pela jornalista JAQUELINE DE MELLO e que serve de alerta para a vida bastante corrida que levamos:

terça-feira, 23 de julho de 2013

Agende-se :popular e erudito-ENCONTRO DE TECLAS

IMPERDÍVEL!No próximo dia 7 de agosto(às 20 horas) a pianista DANIELA HAAK e o acordionista ORIMAR HESS JÚNIOR(considerado o melhor acordionista do Brasil e o terceiro melhor do mundo)estarão se apresentando no teatro JUAREZ MACHADO,a entrada É GRATUITA!FONTE:site PORTAL JOINVILLE

Momento lírico:Atrasos

Como já é tradição trazemos mais um texto lírico de RITA DE CÁSSIA ALVES,desta vez um pequeno conto carregado de amor e paixão: "Personagens se amavam. Lua e outono, filme na tela. Olhos sem maturidade. Roteiro precoce para quem chegou tarde. Eva está no cinema, vem descansada. O cansaço estava na alma. Nem um bilhete avisou que seu corpo e o dele não se aconchegariam mais. Sabia da solidão, esta íntima criatura que se assemelha ao telefone que não toca. Queria ter dito a ele que estar dentro da paixão a deixava em movimento. A carne ultimou as urgências do agora e ela ri. Sentia um medo de estar com todos e ter deixado sua completude no outro. Adorava tartarugas, que sempre chegam porque tardam. O afeto deles veio numa hora desencontrada. Se tivesse de compará-lo, ele seria uma enguia. Escorreu seus guardados. Viveram pela metade. Entendeu que não aconteceu o verdadeiro encontro, já que as fugas alcançam o homem em suas conchas, covas, escritórios, camas, redes, berços. Ai daqueles que viram o rosto para ocasos e acasos amorosos, pensou. Associou o apaixonamento pelo viés de outras bocas, salivadas com o pôr-do-sol que amanhece os amantes cansados; que agasalha filhos sonolentos; que inspira poetas; que traz loucura aos que enrubescem. Gritou para dentro : - Amar é possuir um mapa desavisado entre as pernas e os pés. Tirou os sapatos. As luzes se acenderam. Já não era ela, era um manequim sem vitrina, sem atributos nem roupagem. Deixou seu amor isolado dos aplausos. Despiu-se do belo que está sempre carregado de espanto."

Amizade Maçônica

Em 1855 a então recém fundada e pequena Colônia Dona Francisca já estava à todo vapor:já existiam uma entidade cultural,um pequeno informativo panfletário(O OBSERVADOR ÀS MARGENS DO RIO MATHIAS),pequenas fábricas familiares(desde estaleiros até cervejarias),uma sub delegacia,um conselho comunal que envolvia os moradores da colônia....e a 29 de dezembro daquele ano surgia uma filial da sempre misteriosa e e influente Maçonaria com o nome de AMIZADE ALEMÃ SOB O CRUZEIRO DO SUL. Tendo como fundadores Reiss,Gaspar,F.A.Fellebachner e Ottokar Doerffel,a entidade funcionava a princípio nos fundos do atual Cemitério dos Imigrantes em terreno doado pela Sociedade Hamburguesa(empresa que loteou a região hoje equivalente a Joinville).O caminho que dava acesso a ela durante muito tempo ficou conhecido como LONGENSTRASSE(Rua da Loja),atual rua Blumenau.A partir de 1864,na data de 29 de dezembro,passou a funcionar em um terreno elevado ,situado na Rua do Príncipe,ao lado da antiga catedral de Joinville(também em tereno doado pela Sociedade Hamburguesa) O prédio era tão imponente,que em 1861 acabou chamando a atenção do embaixador suíço VON TSCHUDI.Por força de lei federal,em 1937 as atividades da Loja foram encerradas e após ser adquirido pelo bispado de Joinville,o prédio foi demolido em 1949.Como curiosidade,em 1864 CARLOS BOERGHAUSEN(primeiro padre de Joinville)entrou com uma petição junto ao governo imperial para desapropriar o terreno,o que não conseguiu. Até 1864 a Loja esteve filiada a Loja Maçônica Oriente de Hamburgo(Alemanha)e seguia o rito de schroeder(VER FOTO ABAIXO) e até seu fechamento em 1937 manteve em média 40 associados.O seu grau de influência pode ser medido pelos que passaram por ela:além do próprio Ottokar Doerffel(prefeito de Joinville entre 1874 e 1877 e com uma intensa atuação comunitária-VER FOTO ABAIXO),nomes como Ulrich Ulrichsen(um dos primeiros comerciantes de Joinville e ocupante de diversos cargos públicos,como o de primeiro secretário da Câmara de Vereadores de Joinville,em 1869);Carlos Monich(prefeito de Joinville entre 1877 e 1881);August Wunderwald(agrimensor,um dos responsáveis pelo traçado e construção da estrada Dona Francisca-atual SC-301)e Johann Paul Schmalz(prefeito de Joinville entre 1895 e 1899).Atualmente a Loja maçônica em Joinville funciona em um prédio na avenida Procópio Gomes,a alguns meros do Mercado Público Municipal.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Agende-se:Hip hop e debate

Essa é para quem goste uma boa música de protesto e também um bom debate,ainda mais sobre um tema polêmico e espinhoso.CONFIRA! "DATA:20/07/2013 HORÁRIO:14h00 LOCAL;Ajote(Cidadela Cultural-VER FOTO ABAIXO) XV De Novembro - Joinville INGRESSO:Gratuito O debate sobre este tema voltou a ocupar grandes espaços nas televisões, rádios, jornais e também no parlamento, prometendo a solução da violência em nosso país. É com esta indagação que o DCE do Ielusc e o Partido Socialismo e Liberdade em Joinville organizaram o evento Hip Hop + Debate sobre a redução da maioridade penal. Convidados Dr. João Marcos Busch (Joinville) Juiz da Vara de Execução Penal e Juiz Corregedor do Sistema Prisional de Joinville Joselício Júnior (São Paulo) Jornalista e Coordenador Nacional do Círculo Palmarino (Corrente Nacional do movimento negro) Anderson Morais (Florianópolis) Ex-presidente do DCE da Unisul e membro da coordenação da Juventude Socialismo e Liberdade (PSOL) Elisandro Lotin (Joinville) Policial Militar e presidente da Associação dos Praças de Santa Catarina (Aprasc) Junior Malcom (Joinville) Servidor Público e cantor de Rap" FONTE:site PORTAL JOINVILLE

Entrevista:escritor DAVID GONÇALVES-parte final

Essa á última parte da entrevista com o escritor DAVID GONÇALVES.Confira: "7. QUAL É A RELAÇÃO DO NORTE E NOROESTE DO PARANÁ(fotos abaixo) COM A SUA OBRA? Toda a minha obra se pauta no Norte e Noroeste do Paraná. Para não prejudicar ninguém, adotei uma cidade-metáfora: Quadrínculo. Mas ela representa qualquer cidade da região. Esta região do Paraná é um verdadeiro laboratório étnico e social. Não tem no Brasil uma região tão rica em assuntos. Jandaia do Sul, Apucarana, Arapongas, Londrina, Maringá são extraordinárias como fonte de inspiração. A cada dois meses, passo uma semana nesta região, estudando, pesquisando, conversando com as pessoas. De vez em quando, alguém me pergunta: por que não escreve sobre Joinville ou qualquer outra cidade de Santa Catarina? O romance Pó e sombra se passa na região de Joinville, Vila da Glória, São Francisco do Sul, precisamente na bela Baía da Babitonga. O álcool e a droga são os temas deste livro. Mas não gosto de nomear as cidades em meus livros. Por causa deste livro, sempre alguém me pergunta: o personagem tal é o fulano de tal? Algumas pessoas gostam de misturar a ficção com a realidade! 8. O QUE VOCÊ PENSA SOBRE OS CONCURSOS LITERÁRIOS? No começo, eu tinha grandes esperanças sobre os concursos. Aquela história de ganhar prêmios, ser reconhecido etc. Mas logo me desiludi: os concursos, na maior parte das vezes, não passam de "grupinhos e panelinhas", que já escolheram os seus premiados... Bem, participei de um só: e ganhei, no Estado de Goiás, com o livro Atualização das formas simples, um estudo sobre a obra de Hugo de Carvalho Ramos(VER FOTO ABAIXO), um grande escritor goiano. Depois, nunca mais. Recentemente, a Academia Catarinense de Letras me presenteou com o prêmio Othon Gama d´Eça, pelo conjunto de minha obra. 9. POR QUE NUNCA ESCREVEU POESIAS? Até rabisquei algumas poesias. Mas não me identifiquei com o gênero. Admiro quem escreve. Sou um fiel leitor de poesias. Adoro Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Vinícius de Morais. Dos poetas brasileiros atuais, considero Gilberto Mendonça Teles o melhor, com uma obra consistente e inteligente, sem abandonar o lirismo. Em Santa Catarina, o poeta Alcides Buss(VER FOTO ABAIXO), entre outros, é o que mais me cativa. Obviamente, há gente nova fazendo boa poesia. Sou apenas um leitor de poesias, não sou poeta. 10. QUAIS SÃO OS ESCRITORES QUE EXERCERAM INFLUÊNCIA SOBRE SUA OBRA? Diversos me influenciaram. Na literatura brasileira, Machado de Assis(VER FOTO ABAIXO), Monteiro Lobato, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Guimarães Rosa, Jorge Amado, Érico Veríssimo e outros. A gente não faz literatura do nada. Na literatura mundial, admiro Tolstoi, Dostoiévski, Bashevis Singer, Eça de Queirós, Maupassant, Allan Poe, Luigi Pirandello, Anton Tchekhov... Os outros escritores são indispensáveis.