segunda-feira, 29 de julho de 2013

Um pouco de polêmica:Deus

Na semana passada trouxemos um texto abordando o espinhoso tema RELIGIÃO,agora o tema é DEUS.Abaixo um trecho de um depoimento do escritor esloveno(radicado na Itália)BORIS PAHOR(VER FOTOS ABAIXO).O depoimento foi publicado no site PAULOPES.Caso você queira entrar nesse site o endereço é www.paulopes.com.br.LEIA E REFLITA: "Para poder expressar plenamente o meu pensamento sobre a religião – eu sou religioso, mas não crente – devo necessariamente ir aos poucos e fazer, por assim dizer, uma espécie de prefácio sobre os anos juvenis marcados pelo fascismo bandido, anárquico, destrutivo que alguns chamaram apropriadamente de antieslavo. Antes de se afirmar como força governativa, o fascismo se manifestou, de fato, em toda a sua intolerância em Venezia Giulia, onde deu vazão ao seu chauvinismo, incendiando as casas de cultura eslovenas e croatas na Istria, destruindo bibliotecas e escritórios. E espalhando um clima de terror anarcoide, até chegar a atirar nas igrejas onde o sacerdote pronunciava o sermão em esloveno(ABAIXO UMA FOTO DA ESLOVÊNIA,SUA PÁTRIA NATAL E EX-REPÚBLICA QUE FEZ PARTE DA EXTINTA IUGOSLÁVIA). Mas, acima de tudo, eu fui marcado pela impossibilidade de aprender e de estudar na minha língua nativa, o esloveno, o que até os primeiros anos de escola fundamental, sob o Império Austro-Húngaro, era algo possível. Retomando o título do livro do amigo Sergio Salvi, Le lingue tagliate, era como se eu tivesse sido privado da minha língua e forçado a usar outra. Por causa dessa violência sofrida, subitamente me transformei em um péssimo estudante, certamente não porque eu não compreendia as aulas, mas por um sentimento de apatia, devido em parte à distração, em parte à indiferença com o que me estava sendo ensinado em um idioma estranho para mim. Foi assim que a minha mãe, que era uma mulher muito piedosa, ouviu uma amiga que aconselhava a me mandar para o seminário para fazer com que eu entrasse na maturidade. (...) Eu comecei a me dar conta de que o estudo da teologia me afastava da vida normal, que eu não tinha como conhecer, que se revelava a mim através da leitura de obras literárias clássicas eslovenas que, de tempos em tempos, eu conseguia pegar emprestadas. (...)"

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