sexta-feira, 24 de maio de 2013

MANEZINHO DO RIO CACHOEIRA

MÚSICA JOINVILLE CIDADE DAS FLORES, DO POETA E COMPOSITOR ZININHO, FOI CRIADA PARA A FESTA MAIS IMPORTANTE DO MUNICÍPIO, COINCIDIU COM A CRIAÇÃO DO JEC E ACABOU SE TORNANDO HINO Cláudio Alvim Barbosa, o Zininho(VER FOTO ABAIXO) ,compôs os hinos de duas importantes cidades de Santa Catarina: Joinville e Florianópolis. Nos dois casos, a emoção veio antes do decreto. Não foi a cidade que impôs uma canção aos habitantes foi o povo que cantou durante anos as composições memoráveis de Zininho, até serem oficializadas como hinos. A canção que seria conhecida em 1977 como o hino de Joinville foi criada no começo daquela década. A Rádio Cultura contratou o poeta e compositor Zininho, de Florianópolis, para criar uma canção para a Festa das Flores. Um dos idealizadores do projeto foi Ildo Campello, um pernambucano que veio para Joinville como promessa de bom goleiro para o Caxias Futebol Clube. Campello não se tornou uma lenda dos gramados, mas foi um dos maiores nomes da história do rádio local. Ele conversou com Zininho sobre a cidade, que gravou no estúdio da RGE, em São Paulo, “Joinville Cidade das Flores”. A música foi cantada pelos Titulares do Ritmo, um grupo de cantores cegos. Pelo bairrismo da letra, parecia que o manezinho Zininho, que morreu em 1998, tinha passado a vida inteira às margens do rio Cachoeira. Segundo o radialista José Eli Francisco, a canção gerou uma grande comoção na cidade e era tocada em todos os tipos de eventos. “Ela coincidiu com a criação do Joinville Esporte Clube (JEC). Em 9 de março de 1976, em partida do JEC contra o Vasco, no Ernestão, a banda do Batalhão tocou a música do Zininho como se fosse o hino oficial da cidade”, lembra Eli. Em 1º de julho de 1977, o então prefeito Luiz Henrique da Silveira oficializou o hino que a população já havia adotado. Cláudia Barbosa, filha de Zininho, conta que em Florianópolis aconteceu o mesmo. “O ‘Rancho de Amor à Ilha’ não foi escrito para ser o hino da Capital. Mas a canção teve tanto sucesso que acabou sendo oficializada”, diz. Cláudia lançará em setembro deste ano “Um Manezinho de Apelido Zininho”, um documentário sobre seu pai. Nascido em Biguaçu, em 8 de maio de 1929, o poeta e compositor recebeu o nome de Horzino. Por sorte, a família pode fazer um longo test drive do nome. Ele só foi batizado cinco anos depois do nascimento e o pai mudou o nome para Cláudio. Mas ficou o apelido, Zininho. A avó de Zininho sempre tentou afastá-lo da música. Ele chegou até a ser taxista. Segundo Cláudia, não deu muito certo. “O Manoel Menezes sempre chamava meu pai para transportar os artistas que chegavam à Capital. Uma dessas corridas foi com o Orlando Silva. Entraram ele, o meu pai e o Manoel no táxi. Desapareceram por três dias”(risos). Zininho teve também uma barbearia. O problema é que Barbearia Do-ré-mi era localizada ao lado de uma loja de discos. “Adivinha onde ele ficava o dia inteiro?”, brinca Cláudia ARRANJO NOVO A Orquestra 6/8 Violões, de Joinville, fez recentemente um arranjo para o Hino de Joinville. Quem transpôs a composição de Zininho para as seis cordas foi o violonista Marcus Llerena. “Muita gente da cidade não conhece o hino. É uma forma de resgatar essa bela composição”, diz Llerena. FONTE:texto escrito pelo jornalista RODRIGO SCHWARZ para o jornal A NOTÍCIA em 18 de julho de 2009

Nenhum comentário:

Postar um comentário