Alguns poucos a definem como uma espécie de segunda infância,outros como a época da maturidade,alguns mais otimistas(ou seriam sem noção?)a definem como a melhor idade e a grande maioria,simplesmente a chamam de VELHICE!Na crônica de hoje HILTON GORRESSEN define de bem maneira bem particular e descontraída,como de costume,a derradeira etapa da vida.CONFIRA:
"Alguns dizem:o melhor da aposentadoria é esperar por ela.Já outros afirmam :quem tem menos tempo é o aposentado.
Não vou discordar de nenhum deles,principalmente se forem leitores.Todos estão certos.Tem as pessoas,que após alguns meses de entusiasmo,viram escravas do pijama e da tv,sem mais objetivos na vida.Começaram a relaxar,a engordar;para alguns a maior atividade é mexer as pedras de dominó na praça.Conheci um aposentado que passava os dias sentado à cabeceira da mesa,meditando e fumando.Não sei se morreu de fumo ou de inanição.
Outros cercam-se de atividades.Fazem parte de associações,de confrarias,dtrabalhos beneficentes,tornam-se síndicos de prédio,além de assumirem as obrigações familiares:levar os netos à escola,pagar as contas no bancofazer compras.Tem alguns que se tornam cronistas de jornal.
Embora jovem(que pretensão!),já estou no time dos aposentados.Levei tempo para me acostumar,ficar consciente da liberdade adquirida,sem chefes,sem horários,sem ficar fechado num ambiente enquanto, enquanto lá fora o sol esplende num dia de céu azul.
Mas nada é perfeito:ainda sonho que estou no serviço e em suas partes mais negativas.A soma que não fecha,o lançamento que não consigo terminar,a pilha de serviços que não baixa;aliás,só aumenta,numa prestidigitação própria dos sonhos.
Por vezes,não consigo chegar ao local de trabalho.Os ponteiros do relógio se aproximam na hora do ponto;eu entro por uma porta,saio por outra,vou parar no andar errado,volto ao lugar de início.A agonia de não chegar a lugar nenhum é o pior dos pesadelos.Acordo,abro os olhos e constato a alegre realidade:ainda estou aposentado.Será que devia consultar um psiquiatra?
Não perdi status-o grande mal da aposentadoria-pois nunca os tive,vivi dentro de minha modesta discrição,somente aprendendo.Aprendi em cursos,leituras,trabalhos e sobretudo em convivências.(ABAIXO FOTO DE HILTON GORRESSEN)
O mitólogo Joseph Campbel(FOTO ABAIXO),em seu texto 'A jornada do herói' diz que ao término da jornada o herói volta ao seu antigo equilíbrio.
Isso,transposto para a nossa vidinha cotidiana,significa a aposentadoria,o fim da jornada.Libertos das obrigações,da competição,voltamos à liberdade da juventude:acordar tarde,conversar com os amigos,namorar,ter aventuras..Mas como,se o corpo já não acompanha os impulsos internos,as amarras da sensatez freiam os arroubos aventureiros,as belas jovens estão mais interessadas nos garotões malhados(ou nos diretores de tv).O que nos resta?"
Não vou discordar de nenhum deles,principalmente se forem leitores.Todos estão certos.Tem as pessoas,que após alguns meses de entusiasmo,viram escravas do pijama e da tv,sem mais objetivos na vida.Começaram a relaxar,a engordar;para alguns a maior atividade é mexer as pedras de dominó na praça.Conheci um aposentado que passava os dias sentado à cabeceira da mesa,meditando e fumando.Não sei se morreu de fumo ou de inanição.
Outros cercam-se de atividades.Fazem parte de associações,de confrarias,dtrabalhos beneficentes,tornam-se síndicos de prédio,além de assumirem as obrigações familiares:levar os netos à escola,pagar as contas no bancofazer compras.Tem alguns que se tornam cronistas de jornal.
Embora jovem(que pretensão!),já estou no time dos aposentados.Levei tempo para me acostumar,ficar consciente da liberdade adquirida,sem chefes,sem horários,sem ficar fechado num ambiente enquanto, enquanto lá fora o sol esplende num dia de céu azul.
Mas nada é perfeito:ainda sonho que estou no serviço e em suas partes mais negativas.A soma que não fecha,o lançamento que não consigo terminar,a pilha de serviços que não baixa;aliás,só aumenta,numa prestidigitação própria dos sonhos.
Por vezes,não consigo chegar ao local de trabalho.Os ponteiros do relógio se aproximam na hora do ponto;eu entro por uma porta,saio por outra,vou parar no andar errado,volto ao lugar de início.A agonia de não chegar a lugar nenhum é o pior dos pesadelos.Acordo,abro os olhos e constato a alegre realidade:ainda estou aposentado.Será que devia consultar um psiquiatra?
Não perdi status-o grande mal da aposentadoria-pois nunca os tive,vivi dentro de minha modesta discrição,somente aprendendo.Aprendi em cursos,leituras,trabalhos e sobretudo em convivências.(ABAIXO FOTO DE HILTON GORRESSEN)
O mitólogo Joseph Campbel(FOTO ABAIXO),em seu texto 'A jornada do herói' diz que ao término da jornada o herói volta ao seu antigo equilíbrio.
Isso,transposto para a nossa vidinha cotidiana,significa a aposentadoria,o fim da jornada.Libertos das obrigações,da competição,voltamos à liberdade da juventude:acordar tarde,conversar com os amigos,namorar,ter aventuras..Mas como,se o corpo já não acompanha os impulsos internos,as amarras da sensatez freiam os arroubos aventureiros,as belas jovens estão mais interessadas nos garotões malhados(ou nos diretores de tv).O que nos resta?"
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