"À Luciana Bittencourt que punge o paraíso
e sua reglete de signos e sinais verdes.
Dai-me uma punção com seu bico
e seus sinais de árvore. Com ela iluminarei
a noite e a mulher com seu traje
de Eva e maçã.
Dai-me uma folha e bicarei a mulher.
Seus olhos verdes beijarei, a rosa pequena
do sorriso vermelho abrasando o momento.
Folha quase invisível, mas com a marca
da reglete nos seios, com o signo lúbrico
do ciúme na boca. Seus olhos verdes,
beijarei
e iluminarei a noite com seus trajes de árvore.
Criar? Eternamente criar na folha
sinais de árvore e serpentes. Descansar o sol...
Uma mulher, com quem beberei o verde
e sorverei os olhos no leito da folha
para atravessar a ave e seu grito matutino
e os olhos com seus raios de nuvem. Molhar o verde
palpitante de água acessível e casta
no paraíso e suas serpentes a comerem a maçã
e iluminarei a noite com seus trajes de árvore.
Criar? Eternamente criar na folha
sinais de árvore e serpentes. Descansar o sol...
Uma mulher, com quem beberei o verde
e sorverei os olhos no leito da folha
para atravessar a ave e seu grito matutino
e os olhos com seus raios de nuvem. Molhar o verde
palpitante de água acessível e casta
no paraíso e suas serpentes a comerem a maçã
e sua eva com bicadas de pecado.
A folha arderá sua punção sobre a árvore
presa por flores e beijos verdes de água marinha!
Ah! Em cada trocarte há uma mulher abrasando
o sinal, enquanto o beijo navega o verde sob os olhos.
Busco os olhos no sinal e no espelho da prancheta
que me olha da fundura da mulher. "
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