é joinvilense de criação , alma e coração . Seu pai era um operário bastante severo e conservador e que achava que ter estudo era fundamental.....mas para os homens ! Mulher tinha apenas saber ler e escrever , cuidar da casa e dos filhos , e ser uma esposa dedicada e fiel . Estudando até apenas a quarta série do ensino fundamental , lia velhos livros e revistas que escapavam a vigilância de seu severo pai e aos 15 anos começou a trabalhar e numa .....livraria ! Simpática e atenciosa , logo conquistou os clientes e após o término de seu expediente , às 18 horas , corria rumo a BIBLIOTECA PÚBLICA DE JOINVILLE , que ficava ali pertinho . Independente e com personalidade , virou moça e voltou a estudar e começou a realizar um sonho de infância : SER PROFESSORA . Acabou estudando Magistério nos colégios Santos Anjos e Celso Ramos e em 1996 formou-se em Pedagogia pela Associação Catarinense de Ensino ( ACE ) . Havia ainda um outro grande obstáculo : ele apaixonou-se por um rapaz mulato , o que era uma afronta ao seu rigoroso e conservador pai . Como uma pessoa guerreira não desiste nunca , ela superou mais esse obstáculo e se casou com o rapaz , tendo com ele 3 filhos . Os assíduos frequentadores da biblioteca pública com certeza devem ter saudade daquela simpática e prestativa funcionária , que ao mesmo tempo ajudava a dar asas a imaginação dos pequenos leitores , junto com outras funcionárias como ELIANA e ALCIONE . E é com com essa mulher guerreira a nossa conversa do mês . CONFIRA :
1- VOCÊ TAMBÉM ESCREVE . COMO SURGIU O SEU INTERESSE PELA LITERATURA ?
- MARLETE - O momento em que escrevo é um turbilhão de ideias
- que as vezes vêm todas juntas e as vezes somem juntas também. Prefiro escrever pela manhã bem cedo, sem interrupções.
- Ter trabalhado na Biblioteca foi algo algo marcante porque conheci muita gente que ajudou a crescer ( ABAIXO , MARLETE COM UM DOS FÃS DE SEU TRABALHO )
- MARLETE - A Cultura em Joinville está deficitária como outras áreas do poder público, mas há tanta gente empenhada em fazer o seu melhor. Creio que o problema esteja em nomeações de pessoas que nada têm a acrescentar e ainda apagam o que foi realizado com sucesso anteriormente. O que precisa ser feito pela classe está sendo feito: mostrar o trabalho, convidar para discussão. O governo é que tem que fazer a parte dele: cumprir o Plano Municipal de Cultura. Temos um livro com todas as metas que foi publicado no início desta gestão e está engavetado.
Gosto de fotografar e divulgar fotos com escritores porque eu é que sou fã dos que fazem arte.
ResponderExcluirObrigada ao Alameda Cultural pela oportunidade de falar de literatura.