terça-feira, 5 de maio de 2015

Ousadia

Quem estudar mais detalhadamente a história do mundo logo perceberá algo comum e que existe praticamente desde o início da humanidade : A IMIGRAÇÃO . Caso um pequeno grupo de nossos ancestrais não tivesse deixado a África há cerca de 100 .000 anos é muito provável que nem sequer existiríamos e inúmeros fatores como desastres ecológicos , crie econômica , falta de emprego e oportunidades , perseguições político-religiosas e rivalidades étnicas a causam .



Cidades como Joinville , Blumenau e Caxias do Sul surgiram em função da imigração européia e disso muito se orgulham  , mas como é sabido nem só de suíços , alemães e noruegueses foi feita Joinville ........Entre os inúmeros povos que construíram  a cidade , tanto nacionais quanto estrangeiros , os paranaenses foram um dos poucos a conseguirem imprimir uma marca própria à Joinville e é muito difícil algum morador de Joinville não conhecer alguém vindo do Paraná ou até mesmo ser de origem ou ter parentesco com paranaenses . Engana-se quem pensa ser a imigração paranaense ser algo de uma época mais recente , especialmente da década de 80........Por volta de 1877 vários proprietários de engenhos de erva-mate , oriundos de antigas cidades paranaenses como Morretes , Antonina ( ABAIXO )



e Paranaguá , começaram a se fixar em Joinville e ajudaram a transformar a cidade em um pólo industrial . Assim como para muitos de seus conterrâneos , para aquele jovem contador nascido Paranaguá e criado em Curitiba , a Terra Prometida também tinha nome francês e sotaque alemão......

    LAURO CARNEIRO DE LOYOLA ( 1907-1979 - ABAIXO )



mudou-se para Joinville em 1932 e pouco tempo depois casou-se com Regina Douat , filha do empresário e comerciante HENRIQUE DOUAT . Competente , dedicado e confiável , logo também tornou-se sócio de seu sogro . Empreendedor , foi fundador e sócio de uma agência marítima em São Francisco do Sul , de uma companhia seguradora em Joinville e das madeireiras M LEPPER e DOUAT . Foi responsável pela extensão da ferrovia até o porto do Bucarein , lutou pela ampliação da rede telefônica em Joinville , então restrita a algumas poucas famílias abonadas e foi um dos responsáveis pela construção da estação de abastecimento de água do rio Piraí , na década de 50 . Um dos mais destacados membros da Associação Comercial e Industrial de Joinville ( ACIJ ) , foi convidado pelo amigo JOÃO COLIN ( prefeito de Joinville entre 1947 e 1950 e entre 1956 e 1957 )  para entrar na política e foi eleito deputado federal sucessivas vezes entre as décadas de 50 e 70 . Sua atuação comunitária foi intensa , que acabou sendo patrono e dando nome a uma escola na zona sul da cidade e dando nome ao seu aeroporto . Uma de suas netas , GABRIELA MARIA CARNEIRO DE LOYOLA , ( ABAIXO )



 leva também no sangue o empreendedorismo e o pioneirismo ........Após trabalhar durante 30 anos na empresa da família ( Lepper ) , em uma atitude até ousada , ela resolveu criar uma empresa de consultoria artística , a PICTA . Recentemente , entre 10 e 30 de abril , ela foi um das responsáveis por uma exposição de artistas plásticos locais e outras cidades do Estado e que ocorreu no espaço de exposições  do Instituto Juarez Machado , estivemos lá e fomos atendidos por ela ........profunda conhecedora do assunto e didática , é capaz de tornar simples um tipo de arte infelizmente incompreendido e tido como elitista . Em um dos vídeos do dia ela explica melhor o seu trabalho . VALE A PENA CONFERIR !


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