Embora pequena , as diferenças entre as regiões da ilha e a diversidade de representantes dos mais variados povos da África , aliado a uma intensa mestiçagem , fizeram com Toussaint adotasse uma política de integração . Católico , tentou eliminar todos os ritos africanos praticados na ilha e impor sua religião a todos e , também para decepção de todos , manteve a mesma estrutura sócio- econômica de antes, com os negros , embora não fossem mais escravos , tendo de trabalhar nas fazendas de açúcar .......A reação francesa não demorou e em 1802 a ilha foi reconquistada e Toussaint capturado e preso , mas a chama da liberdade continuou viva e em várias regiões as rebeliões continuaram . Coube a um ex-escravo , JEAN JACQUES DESSALINES , continuara a guerra e finalmente , com o apoio de norte-americanos e ingleses , derrotar os franceses , proclamando a independência da antiga colônia de Saint Domingue em janeiro de 1804 . Era a primeira rebelião negra vitoriosa na história , sendo que toda a população branca que ali vivia ou foi morta ou foi expulsa . O nome do novo país ? HAITI , que significa TERRA DE MONTANHAS . " Salvei a minha pátria . Vinguei a América......Nunca mais um colono ou um europeu porá o pé neste território com o título de amo ou proprietário ", belas palavras de Jean Jacques Dessalines , mas infelizmente ocas........Ele mesmo tornou-se um ditadorzinho ridículo e proclamou-se imperador , inspirando-se em NAPOLEÃO BONAPARTE .... A partir dali o Haiti seguiu o roteiro de qualquer republiqueta da América Latina : pobreza , miséria , opressão , caos , ditadores tiranos e medíocres .......Como é sabido o país é um dos mais pobres do mundo e nos últimos anos muitos haitianos têm se dirigido para o Brasil . A crônica de hoje é uma homenagem da escritora URDA ALICE KRUGER a esse povo tão sofrido e ao mesmo tempo alegre . CONFIRA :
"Sou uma apaixonada pela América dita Latina ( ABAIXO , BANDEIRAS DE PAÍES DA AMÉRICA LATINA )
e Caribe – andei um bocado por ela, já, e do Caribe, ( ABAIXO )
num primeiro momento fiquei contente, é claro, mas um pouco receosa de abordar aquela gente visivelmente nova no nosso país (sempre me chamaram a atenção por sua elegância e porte),
sem ter bem certeza se eram imigrantes ou não. Sabia que os haitianos estavam chegando, mas seriam haitianas aquelas pessoas que eu via? Sabia diversas coisas sobre o Haiti, como sua gloriosa independência em 1804 (antes de qualquer de nosotros), ( ABAIXO , JEAN JACQUES DESSALINES , PROCLAMADOR DA INDEPENDÊNCIA DO PAÍS )
onde os haitianos botaram a correr até as tropas que Napoleão mandou para subjuga-los , ( ABAIXO )
que sua língua primeira chamava-se creole, e que tinham o francês como segunda língua – e como falo um pouquinho de francês, ficava doida para abordá-los. Até que um dia arrisquei:
muitas vezes em mais de um, e dominam diversas línguas. Num instante, começam a aprender o português -ABAIXO , HAITIANOS EM CURSO DE PORTUGUÊS EM CURITIBA .)
Quis o acaso que eu descobrisse ser vizinha de três grandes artistas plásticos chegados do Haiti: Oriol, Enock e Marc. Pintam quadros tão maravilhosos, com tanta arte e tantas cores, que não há quem não se impressione com a qualidade do que fazem ! ( ABAIXO , ARTISTA PLÁSTICO HAITIANO CHARLOT ODSON , RADICADO NO BRASIL )
já dorme no colo deles.
E então passo por um deles ou um pequeno grupo e digo:
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