Esse ser macabro aparece em incontáveis histórias mitológicas e lendas , teria nascido justamente em 21 de agosto e era tido como irmão gêmeo de HIPNOS ( divindade ligada ao SONO ; segundo algumas versões seu pai seria ÉREBO , irmão gêmeo de Nix e divindade ligada às trevas e à escuridão ) . Mesmo milhares de anos após o fim da clássica civilização grega o seu nome ainda é associado à morte : trata-se de um termo que na PSICANÁLISE é utilizado para se referir a um impulso instintivo e inconsciente pela morte ou pela destruição ( cruz credo ! ) e que inclusive está presente em dois livros escritos por aquele que é considerado o "pai da Psicanálise " , SIGMUND FREUD ( 1856-1939 ) : MAIS ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER e MAL ESTAR NA CIVILIZAÇÃO . Essa figura sombria também tinha o seu lado sentimental : acreditava-se que ele tivesse se apaixonado por MACÁRIA , uma outra divindade relacionada à morte ( era filha de HADES , o deus dos mortos , e PERSÉFONE , a deusa das ervas , flores , frutos e perfumes ) . O amor foi correspondido mas o final não foi feliz : em virtude do fato de ele ser muito focado em seu trabalho ( êta sujeito "caxias " ! ) eles não puderam viver juntos........Mas a morte não feita apenas de sofrimento , tristeza , do sombrio e do macabro : ela também pode ser FILOSOFIA ! Na filosófica crônica de hoje o escritor são bentense DONALD MALSCHITZKY mostra um lado desse fato inevitável e tão temido e evitado de ser lembrado por muitos .......CONFIRA :
" ' Somos iguais a máquinas, como um carro, por exemplo, com
o tempo quebra uma peça aqui, falta um parafuso ali, até não servir
mais ' .
Não foi exatamente um alento ouvir essas palavras de um
médico ( ABAIXO ) , ele próprio enfrentando caso de doença na família.
Apesar
de crua, a analogia faz algum sentido, dando um desconto por vir
de alguém que tem em sua profissão ( ABAIXO ) lidar com a morte de quem é
caro para outras pessoas.
Dá para continuar, dizendo que, igual a
um carro, se bem cuidados, trocando as peças necessárias,
vivendo sem exageros, viveremos mais
e melhor, mas a esse
' melhor ' cabem ressalvas. Há muitas piadas com o espírito de ' E
viveu tanto tempo para que, mesmo ? ' . ( ABAIXO , UM SENHOR DE IDADE ESBANJANDO BOM HUMOR )
Os obituários soam estranhos para mim ao mencionarem a
causa da morte,
como ' causa desconhecida ' ou ' causa não
informada ' . Culpa de nossa curiosidade inconformada com o único
destino certo ; a morte.
Somos fadados a morrer, e o medo do que
vem depois ou do que não virá é que transforma o fato e leva a
muitos eufemismos como o deplorável ' Partiu desta para a melhor ' .
Quem disse que era ruim ? Quem garante que será melhor,
independente de sua fé ou sua não fé ?
A religião ( ABAIXO ) e o medo da finitude fazem com que nos agarremos
à possibilidade da recompensa ou do castigo depois da morte
como
uma desculpa para não aproveitarmos a vida, para não
aprendermos o ' carpe diem ' .
Morremos de muita coisa, a maior parte das causas
relacionadas a doenças, e, de praxe, os obituários explicitam a
doença.
Acho que não deveriam, especialmente quando tratam de
pessoas que curtiram a vida que receberam e carregaram.
O
matemático que criou fórmulas fantásticas e conviveu com gente
mais fantástica ainda não morreu de câncer.
O artista que
emocionou multidões também não morreu do coração. ( ABAIXO , O ATOR JARDEL FILHO , VÍTIMA DE UM ATAQUE CARDÍACO EM 19 DE FEVEREIRO DE 1983 , QUANDO TINHA 54 ANOS DE IDADE )
A mãe que
criou filhos felizes não morreu de derrame.
A parteira que trouxe
milhares de crianças à luz não morreu de complicações pós-
operatórias.
O jogador que encantou tanta gente ( ABAIXO , GARRINCHA , CONSIDERADO O "REI DO DRIBLE " ) não morreu de
cirrose.
Seus atestados de óbito dizem isso, mas para essas pessoas
a causa é bem outra : no obituário de cada um poderia constar:
' Morreu por ter vivido ' ou melhor : ' Morreu de vida ' . Não seria
apenas mais carinhoso, seria mais real. "
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