terça-feira, 18 de julho de 2017

Gogó de Ouro

Tudo bem que isso aconteceu lá no jurássico ano de 1973 e , portanto , lá se vão 44 anos do acontecido mas , incrivelmente , muita gente ainda se lembra disso como se tivesse acontecido ontem . Também pudera : a protagonista desse fato foi ninguém menos que ELIS REGINA Costa Carvalho ( 1945-1982 ) .....Pois bem , aquela pacata Joinville de cerca de 130.000 habitantes - muitos deles ainda com fortíssimas feições físicas , sotaque e costumes germânicos - teria a sua modorra quebrada por aquela que simplesmente foi um dos maiores seres viventes bípedes racionais a soltarem o gogó aqui em terras tupiniquins e que desde 1965 , quando venceu o saudoso festival de música promovido pela TV Record ( a música que lhe valeu a vitória nesse festival foi "Arrastão " ) , tinha uma carreira em ascendência . O local escolhido foi o hoje saudoso CINE COLON e tudo caminhava na mais santa paz até que ali pela metade da apresentação um engraçadinho de plantão resolveu fazer troça da música que Elis estava cantado naquele momento e , mesmo não sendo CHICO BUARQUE , soltou um "VAI TRABALHAR , VAGABUNDA ! " ( Se , mesmo não estando em uma piscina - com esse frio siberiano isso é impossível - , você está BOIANDO coma citação do glorioso CHUPIM , ops ! , Chico Buarque , eu explico : essa é a canção composta e gravada por ele para o filme de mesmo nome , de 1973 e que foi produzido , dirigido , escrito e protagonizado pelo saudoso ator carioca HUGO CARVANA , sendo um dos clássicos do cinema tupiniquim ) ......Danou-se : isso acabou sendo o suficiente para que Elis , embora fosse gaúcha - de Porto Alegre - RODASSE A BAIANA e a apresentação terminasse ali mesmo ! Segundo um velho amigo deste escriba e que é vários anos mais velho do que eu , a esquentadinha , temperamental e nitroglicerínica cantora teria aparecido na sacada do quarto onde estava hospedada , no hotel Colon ,e , fazendo jus ao seu jeito delicado de ser ,  dito uma série de palavras "carinhosas " e cheias de " ternura a quem passava por ali , fazendo questão também de dizer que ela ganhava combustível ( $ ) cantando e , a exemplo do que aquela "japinha " havia feito com o "homem do baú " SILVIO SANTOS no ano anterior , aconselhado - com base em estudos e pesquisas científicos - os pacatos joinvilenses de então a usar BAMBU para desentupir seus respectivos orifícios ......Se essa história contada por meu amigo é verdadeira ou não , o fato é que os então dois jornais da cidade - " A NOTÍCIA " e " JORNAL DE JOINVILLE " - não trouxeram uma mísera nota a respeito da apresentação de Elis ( antes disso ela chegou a ser entrevistada pelo jornal "A Notícia " ) ......Fatos desagradáveis à parte , eis a minha modestíssima e humilde opinião a respeito das músicas da "PIMENTINHA " : acho as músicas de Elis um SAAAACOOOO !!!! Porém , por mais que você não goste do repertório de HÉLICE REGINA , ops ! , Elis Regina , é simplesmente impossível não se impressionar com o seu talento : a mulher foi um desses raros tipos de cantores - hoje , infeliz e praticamente um artigo de museu - que não se limitavam apenas a cantar a música mas sim a interpretar e a viver cada de seus versos , chegando muitas vezes às lágrimas e à exaustão em muitas de suas apresentações ( Caso fosse viva e questionada a respeito dos atuais "cantores " brasileiros , muito provavelmente Elis gastaria todo o repertório de cerca de 1.000 palavrões da língua portuguesa para defini-los ......) , e do cume de sua incomparável e montanhosa genialidade , Elis costumava repetir que para ela CANTAR ERA UM SACERDÓCIO .......O protagonista da crônica de hoje bem que tentou GANHAR A VIDA COM A BOCA - no bom sentido , é claro ! ( Você pensou que fosse o quê , ô cara pálida ? ) - mas tudo o que conseguiu foi descobrir que como cantor era um excelente locutor . Aliás , a já citada Elis e o camarada a respeito de  quem você conhecerá mais dentro de instantes , são dois clássicos exemplos de que não basta ter uma voz fenomenal e maravilhosa : é preciso ter alma , vibração , paixão , amor , intensidade , sentimentos ......, requisitos que um cidadão chamado RAMIRO GREGÓRIO DA SILVA tinha de sobra ! Figura icônica do rádio joinvilense e responsável pela formação e pelo lançamento de um sem-número de radialistas locais , Ramiro acumulava um número igualmente incontável de façanhas : autor das letras do épico hino da cidade de Joinville , uma quilométrica lista de serviços prestados ao Corpo de Bombeiros e a outras instituições tradicionais da cidade , praticamente um dos criadores da tradicionalíssima RÁDIO CULTURA de Joinville , a presença e a cobertura do histórico lançamento da espaçonave APOLO 11 no CABO CANAVERAL ( base da NASA - Agência Espacial Norte-Americana - e que está localizada na cidade de Houston , no Texas )  , em 16 de julho de 1969 e que resultaria 4 dias mais tarde em um dos maiores feitos que um ser vivente bípede  racional já conseguiu , ou seja , chegar na Lua .....É óbvio que a crônica a respeito de uma pessoa tão especial e que , infelizmente , "foi pra Jesus " no último dia 13 de julho , aos 82 anos , merecia ser escrita por alguém tão especial quanto . E quem é essa pessoa ? Quem ? Quem ? Quem ? ........( Mistééééério !!!!! ).............É claro que só poderia ser ELE : o jornalista , contador de histórias , memória viva de Joinville desde o jurássico ano de  1979 , amado , querido , sábio e PALMEIRENSE ( Bom , até as mentes mais brilhantes se enganam ! ) MESTRE ZABA , popularmente conhecido como ROBERTO SZABUNIA ! Este escriba já vai avisando : o texto , originalmente publicado em maio de 2010 no falecido jornal " NOTÍCIAS DO DIA " , é loooooooongo mas traz informações , fatos , curiosidades e revelações que você , certamente , sequer imagina .......CONFIRA :
 
"Há mais de 50 anos, um ex-quebrador de pedras, ajudante de tintureiro e plantador de banana trocava instrumentos rudes por um mais sofisticado: o microfone de uma emissora de rádio.
 
Assim começava a carreira de Ademir Ramiro, pseudônimo artístico de Ramiro Gregório da Silva ( ABAIXO ) , um dos principais nomes da radiodifusão em Santa Catarina.
 


' Muita gente acha que nasci em Jaraguá, mas meu local de nascimento, há 75 anos, foi Pomerode ( ABAIXO ) , quando a localidade pertencia ao município de Blumenau ' , conta Ramiro, admitindo hoje ser um joinvilense de coração.
 
Criado na roça, teve pouca oportunidade de estudo : ' Se hoje Pomerode ainda é uma cidade pequena, imagine em 1935. Um dia chegou lá em casa uma professora, pedindo um cantinho para morar. Meus pais cederam um aposento, e ela começou a me alfabetizar. Foi ali que aprendi o básico, a juntar letras, fazer contas ' . ( ABAIXO , UMA VISÃO AÉREA DE POMERODE , EM 1971 )
 
Mas nem deu tempo de seguir o processo de alfabetização, pois a família se mudou para Massaranduba ( ABAIXO ) quando Ramiro tinha apenas 7 anos. ' Meu pai foi trabalhar na colheita de arroz, mas aquilo também não dava o suficiente para sustentar a família, mesmo eu sendo filho único.'
 
A solução foi mudar-se novamente, agora para Jaraguá do Sul. ( ABAIXO )  ' Ali ficamos muitos anos, tanto que hoje há quem pense que eu nasci em Jaraguá ' , diz Ramiro, que acabou conseguindo vaga num dos melhores colégios da cidade, graças à fibra dos pais.
 
 ' Meus pais foram contratados pelo colégio dos maristas, o São Luís ( ABAIXO ) , para trabalhar como zeladores. Em troca, ganharam um cantinho para morar e eu consegui um lugar na sala de aula, lá no fundo, sem uniforme. Como minha mãe trabalhava na horta do colégio, eu podia comer no refeitório dos semi-internos, mas só depois que todos os outros terminassem. '
 
Sempre atento e esforçado, Ramiro logo começou a se destacar e concluiu o primário ( as quatro primeiras séries do atual ensino fundamental ).
Aos 14 anos, era hora de procurar trabalho para ajudar no orçamento doméstico. Depois de ser quebrador de pedra para fazer paralelepípedos, jornaleiro, vendedor de peixe, auxiliar de tintureiro ( o pai abrira uma tinturaria ) e plantador de banana, Ramiro tirou a ' carteira de menor '  ( ABAIXO ) , um documento que permitia a menores de idade trabalhar com registro.
 
 ' Fui trabalhar na Farmácia Schulz, como auxiliar, aprendi a manipular remédios, depois ajudei na construção do novo prédio do Colégio São Luís ( ABAIXO ) e consegui um emprego na fábrica de calçados Gosh, uma das maiores do estado na época. ' Na Gosh, Ramiro começou montando chinelos e, sempre curioso e interessado, aprendeu a montar sapatos.
 

FORA DE CASA

Por conta de um namoro não aceito pela família, Ramiro foi morar em Curitiba ( ABAIXO , RUA DE CURITIBA NOS ANOS 50 ) , com uma irmã mais velha, do primeiro casamento do pai. E surgiu o rádio na vida do jovem. ' Fui trabalhar no escritório de uma fábrica de cimento e numa importadora. Nos finais de semana, a diversão era assistir aos programas de auditório das rádios Guairacá e Clube Paranaense, a B2. '
 
De tanto ir aos programas, Ramiro encasquetou que iria ser cantor. As tentativas foram um desastre total. Mas renderam uma nova carreira : ' Num dos fracassos, um profissional da Guairacá ( ABAIXO , PROGRAMA DE AUDITÓRIO DA RÁDIO GUAICARÁ ) sugeriu que eu tentasse a carreira de locutor, pois tinha uma boa voz ' . A partir dali, os empregos formais ganharam a companhia de outro, de fim de semana, como locutor de comerciais nos intervalos dos programas de auditório. Pela primeira vez, a voz de Ramiro ia ao ar
.
Corria o ano de 1952, e Ramiro tinha certeza que encontrara seu caminho. O desafio, agora, era voltar a Jaraguá do Sul ( ABAIXO ) , pois a capital paranaense não o atraía. ' Só me chamavam de ‘catarina’ por lá. Encheu o saco ! '
Decidido, Ramiro escreveu para a Rádio Jaraguá, teve resposta afirmativa e voltou para casa. Foi recebido como celebridade, pois era ‘aquele locutor que vem de Curitiba’. Até admitir que sua experiência era mínima e de celebridade não tinha nada.
 
' No início, pastei muito, pois o diretor da rádio só me largava os pepinos. Afinal, eu era só o ‘filho do Zé Gregório’. ' Novamente, o esforço rendeu frutos. Ramiro começou a cobrir as ausências dos colegas entretidos em conversas no boteco ( ABAIXO ) , organizou a discoteca, se interessou em aprender os macetes técnicos da rádio e ganhou o mais necessário : respeito. Junto, a apresentação de um programa de dedicatórias musicais ( que na época eram pagas ).
 

PARA O VALE DO ITAJAÍ

Na estação ferroviária de Jaraguá ( ABAIXO ) , enquanto se juntava a tanta gente que ia ver a chegada do trem, Ramiro acabou recebendo mais um convite. ' Um radialista que eu conhecia disse que estavam em busca de alguém para tocar uma nova rádio em Indaial. ' Convencido, lá foi Ramiro para o Vale do Itajaí. Entrou numa fria, pois o tal radialista já deixara uma fama de picareta por aquelas bandas.
 
Mesmo assim, Ramiro ficou, trabalhou duro na instalação da Rádio Clube de Indaial, depois foi para a sede da emissora em Blumenau, levantou a Rádio Sentinela do Vale de Gaspar e trabalhou na Araguaia de Brusque, todas da Coligadas, que também tinha uma televisão em Blumenau. ( ABAIXO , TRÊS JORNALISTAS DA TV COLIGADAS : J.CECCONI , CARLOS BRAGA MUELLER E ALFREDO OTTO FLATAU )
 
Ali, nas cidades do Vale, Ramiro Gregório da Silva ( ABAIXO )  começou a inscrever seu nome na história da radiodifusão catarinense. A boa voz, a comunicação fácil e bom texto se aliaram aos conhecimentos técnicos, que lhe permitiam projetar e comprar os melhores equipamentos. ' Só não levantei antenas, mas aprendi a fazer isoladores muito bons ' , garante.
 

A VEZ DE JOINVILLE

A fama de Ramiro Gregório da Silva, ou ' Ademir Ramiro ' , nome artístico que adotara ainda em Jaraguá, para não ser chamado de ' filho do Zé Gregório ' , começava a se espalhar. Por isso, certo dia apareceu no estúdio da Araguaia, em Brusque, o radialista joinvilense Jota Gonçalves ( ABAIXO ) , diretor da Rádio Difusora, que fora cobrir um jogo. ' O Jota me lançou um desafio respeitável: montar uma nova rádio em Joinville. Mas deveria ser uma emissora diferente, a começar pelo nome, Cultura. '
 
Mais uma vez, o ' filho do Zé Gregório '  topou a parada. A essa altura já casado com Lola, uma guaramirense que conheceu em Jaraguá, Ramiro foi morar nos fundos de onde seria a Rádio Cultura, na rua Itajaí ( ABAIXO , EIS UMA RELÍQUIA HISTÓRICA E , INFELIZMENTE , DE DATA INCERTA : A RUA ITAJAÍ , SENDO QUE A SEGUNDA CASA QUE APARECE NA FOTO ERA DO FERREIRO ALVINO STAMM )  Neste momento da entrevista, a própria Lola, sempre por perto, enriquece o relato : ' Bem no começo, quando o Ramiro estava na locução, eu ajudava na operação. E vice-versa ' .
 
Resumindo, Ramiro tirou a Rádio Cultura de um projeto no papel, transformando-a numa das mais importantes emissoras do estado. ' Utilizamos muitos equipamentos doados pela Difusora ( ABAIXO , EQUIPE DA RÁDIO DIFUSORA , EM FOTO TIRADA NA DE´CADA DE 40 ) , algumas lojas também ajudavam. Mas conseguimos colocar a rádio no ar. '  O resultado já é conhecido do público de Joinville e cidades da região.
 

CHEGA DE RÁDIO !

Qual o motivo desse intertítulo aí em cima ? ' Em 1961, aceitei um convite da Fundição Tupy para trabalhar como vendedor em São Paulo. Decidi largar o rádio e me dedicar à nova carreira. '  Foram três anos morando em São Paulo e vendendo as conexões da Tupy ( ABAIXO ) .
Mas...
 
Na capital paulista, Ramiro associou-se a um clube formado por catarinenses, e ficou encarregado da divulgação das atividades da entidade. Uma das tarefas era distribuir notícias, nos finais de semana, nos jornais e rádios da cidade. ( ABAIXO , RUA DE SÃO PAULO EM FOTO TIRADA NO ANOS 60 )
 
A história se repete. ' Rapaz, você tem voz boa para rádio. Não quer fazer um teste ? '  Isso foi na Rádio Nacional. E lá foi Ramiro de volta para o ninho, trabalhando durante o dia na Tupy e à noite na rádio. Lá também aprendeu a redigir documentários para a televisão e o cinema. ' Como eu ( ABAIXO , COM A ESPOSA LOLA ) tinha nome e pseudônimo, ganhava cachê duplo ' , conta, entre risos.
 

MEU NEGÓCIO É RÁDIO

Em 1964, a Tupy perdia um vendedor esforçado, mas o rádio catarinense ganhava um dos seus grandes nomes. Ramiro Gregório da Silva ( ABAIXO )  deixava de lado o ' Ademir Ramiro '  e retornava a Joinville, para assumir a direção e cotas de sócio na Rádio Cultura. ' Ali fiquei 21 anos, os melhores de minha vida. Consegui trazer muitos profissionais gabaritados, descobrimos talentos locais, fizemos uma rádio de qualidade. '
 
Da época da Cultura, Ramiro começa a lembrar nomes destes talentos. Mas logo pede para não citar na reportagem, receoso de esquecer algum. E tem motivo para não desafiar a memória : ' Há alguns anos, nossa casa em Barra Velha ( ABAIXO ) foi assaltada por dois homens, provavelmente drogados. Eles nos agrediram, foram muito violentos, aquilo foi traumático. O episódio deixou falhas na memória ' . Hoje, Ramiro não tem mais a casa na praia, ocupa um confortável apartamento no centro da cidade e curte a aposentadoria.
 
Antes de chegar a esse estágio, porém, teve anos profícuos de trabalho, seja em rádios, como Difusora, Colon, Floresta Negra  ( hoje Mais FM ), Udesc e Aquarela de Barra Velha, seja como dono de uma agência de propaganda ou como mestre de cerimônias da Acij  (onde ficou trinta anos ). Também atuou na vida pública, como secretário de Turismo de Joinville e de Barra Velha ( ABAIXO ) , e como vereador. Atuante na profissão, também foi um defensor dos interesses da classe, tendo ocupado a presidência da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão – Acaert – no período 1983-84.
 
Hoje, ainda acompanha a evolução da radiodifusão, como conselheiro da entidade. Outra de suas paixões, o turismo, o levou a ser associado e conselheiro da Associação Brasileira de Jornalistas Especializados em Turismo, a Abrajet, pela qual viajou pelo país inteiro. Organizador de feiras, montou a Famosc, Feira de Amostras de Santa Catarina, que se transformou na Expoville( ABAIXO , EM FOTO DE 1975 ) , e trabalhou na Alemanha e no Chile montando eventos.
 
No apartamento que ocupa com Lola e a filha Marlise, Ramiro tem uma ampla vista da cidade ( ABAIXO ) , inclusive para o Centreventos Cau Hansen, onde trabalhou até o fim da gestão Tebaldi, na assessoria de imprensa da Fundação Cultural. A outra filha, Lucienne, deu ao casal os netos João Guilherme e João Gabriel.
 
A mesa de centro na sala é pequena para acomodar tantos troféus, medalhas, placas e diplomas ganhos por Ramiro durante sua carreira. Da Ordem da Machadinha dos bombeiros de Joinville ( ABAIXO , ANTIGOS BOMBEIROS EM FRENTE A SEDE DA CORPORAÇÃO , EM FOTO TIRADA NOS ANOS 70 ) até a comenda concedida pela Sociedade Nacional do Mérito Cívico, que diz, no diploma : ' ...pelos dotes de civismo, mérito de honra e dignidade e alto espírito filantrópico, que adornam a sua personalidade ' .
 



 

JINGLE VIRA HINO

O amor de Ramiro Gregório da Silva por Joinville transparece em seu modo de ser e de olhar para a cidade. Uma das provas desta devoção está no próprio hino, composto pelo músico Cláudio Alvim ' Zininho ' Barbosa ( ABAIXO ) , de Florianópolis.
 
' Na época, início dos anos 70, precisávamos de uma música para a Festa das Flores. Aí, junto com o Ildo Campelo ( ABAIXO , COM O MICROFONE NA MÃO ) , contratamos o Zininho. Eu fiz o esboço da letra, Zininho fez as devidas adaptações para que coubesse em sua melodia, e surgiu a música. Mas ela foi tão tocada nos anos seguintes, que se tornou um hino informal, já que a cidade não tinha um oficial.'
 
Como logo em seguida surgiu o JEC ( ABAIXO ) , a torcida também adotou o tal jingle. Em 1977, enfim, o então prefeito Luiz Henrique da Silveira decretou que aquele seria o hino oficial de Joinville. Ramiro lembra que o mesmo se deu em Florianópolis : ' Zininho compôs o ‘Rancho de Amor à Ilha’ como uma homenagem. Virou hino oficial da capital ' .
 

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