segunda-feira, 22 de junho de 2015

De Corupá Paro O Mundo

Após quase dois meses de viagem , finalmente eles chegaram no porto de São Francisco do Sul , só que seu destino era outro.....iam rumo rumo a uma região desconhecida , inóspita e estariam sujeitos aos mais variados tipos de perigo , mas a vontade de mudar de vida era muito maior ! Finalmente , em 7 de julho de 1897 o alemão OTTO HILLBRECHT e seu filho , de mesmo nome , chegavam ao tão aguardado destino e adquiram os lotes 6 e 7 ; mais do que dar início a uma vida nova , davam início também a história de uma nova comunidade . Não se tratava de uma região completamente desconhecida : é provável que no remoto ano de 1541 uma expedição liderada pelo aventureiro espanhol CABEZA DE VACA tenha passado por ali , aproveitando uma velha trilha indígena , que fazia parte de uma imensa rede de caminhos conhecida pelo nome de PEABIRU . Muito tempo depois , já em 1879 , o engenheiro ALBERT KROENE passou por ali , procurando um local por onde pudesse ser construída uma estrada rumo a então colônia SÃO BENTO , hoje São Bento do Sul , e também a Curitiba , naquela ocasião ele acabou dando nomes a vários rios e caminhos da região . O fato que não só aquela região como também boa parte dos territórios dos então gigantescos municípios de Joinville e Blumenau ainda não haviam sido ocupados e essa tarefa acabou cabendo a COMPANHIA HANSEÁTICA , empresa fundada naquele ano de 1897 e que era a sucessora da já falida SOCIEDADE HAMBURGUESA , empresa responsável pela colonização de Joinville . O povoado logo acabou recebendo o nome de HANSA HUMBOLDT , o que era uma dupla homenagem : tanto a própria empresa quanto ao naturalista alemão ALEXANDER VON HUMBOLDT ( 1769-1859 ) . Pouco tempo depois , já em 1908 , o povoado virou distrito de Joinville e quase logo em seguida , em 1910 , a ferrovia veio até ali e trouxe certo progresso , fazendo com que em 1927 o então governador ADOLFO KONDER a visitasse e ficasse maravilhado com o que viu ......

     Com a emancipação política de Jaraguá do Sul , em julho de 1934 , automaticamente Hansa virou distrito daquele município e tudo corria bema até a tenebrosa época da Segunda Guerra Mundial ........Em plena época de perseguições contras as comunidades alemã , japonesa e italiana radicadas no país , era inadmissível ter um nome alemão e no primeiro dia do ano de 1944 a localidade passou a ter o nome indígena de CORUPÁ ou " PARADEIRO DOS SEIXOS " . A emancipação política veio em 25 de julho de 1958 , quando WILLY GERMANO GESSNER tomou posse como seu primeiro prefeito . Com 477 quilômetros quadrados de território  , o município tem imenso potencial turístico : boa parte de seu território ainda está intacto e é cortado pela Serra do Mar , tendo impressionantes rios e cachoeiras , um imponente e antigo seminário e uma das raras estações ferroviárias que ainda funcionam em Santa Catarina . Porém , o cultivo da banana ainda é sua maior receita , seguido dos cultivos de orquídeas e plantas ornamentais . Personagens ilustres naturais daquela pequena cidade ? O folclórico radialista , empresário e ex-vereador MARCO ANTÔNIO PEIXER ( embora tenha nascido em Guaramirim , foi criado em Corupá e considera-se corupaense ) , a atriz da TV Globo , BRUNA LINZMEYER e......LUIZ CARLOS AMORIM , um dos nomes de destaque da literatura catarinense e que ao final da crônica de hoje demonstra seu orgulha pela sua pequena cidade natal . CONFIRA :

"Há pouco tempo atrás, a Cristina Davet leu uma crônica minha que sugeria que lêssemos mais para nossas crianças 



e comentou: “Hoje lemos poemas seus num sarau lá na casa da dona Helen Debyn. Você escreve muito, Amorim, parabéns!” Não é pra ficar feliz com uma notícia dessas


Passada a emoção, fiquei matutando cá com meus botões: mas a Cristina não mora em Genebra, na Suíça ? ( ABAIXO )

 Pois mora. E a dona Helen, que cedeu a casa para o sarau, também, e é nada mais nada menos do que  a brasileira que esteve no Salão Internacional do Livro de Genebra, procurando-me para me dar um abraço e comprar meus livros. E foram esses livros que  fizeram com que meus poemas fossem lidos na casa da dona Helen, no sarau que reuniu muita gente boa: além da Cristina, o Marinaldo, sobrinho da dona Helen, escritor de Joinville, a escritora brasileira Maria Clara Machado ( ABAIXO ) , que eu também conheci no Salão e mais muita gente boa que gosta de poesia.


Não é uma beleza? É sensacional ter a poesia da gente correndo o mundo ,

 sendo ouvida em alto e bom som, na voz de outros poetas, num cantinho aconchegante da Suíça. 

Dona Helen é um criatura amantíssima, é um poema de ternura, só podia ser ela a acolher uma plêiade de poetas e possibilitar que acontecesse um sarau internacional. Ela foi uma das leitoras brasileiras que me procurou no Salão Internacional do Livro de Genebra ( ABAIXO ) , anunciando pelo sistema de som do evento que estava a me procurar.


O Marinaldo eu já conhecia aqui do Brasil, pois ele participou do Grupo Literário A ILHA , ( ABAIXO , MEMBROS DESSE GRUPO LITERÁRIO , NA FEIRA DO LIVRO DE SÃO JOSÉ - SC )

 desde tenra idade.  As outras pessoas aqui citadas, eu conheci em Genebra, daí a importância da participação em Salões Internacionais do Livro. Por isso a minha atenção com os leitores de outras nacionalidades, publicando meu livro de poemas em inglês, espanhol, italiano e francês: para levar a poesia daqui a salões de Londres , ( ABAIXO )

 da Suécia, da Itália, etc. Em 2016, estarei voltando à Suiça para esse grande evento literário e para abraçar de novo a dona Helen, a Maria Clara, a Cristina Davet e tantos outros amigos que fiz por lá. Como a Jacqueline e o Paulo, que possibilitam a participação de nós, brasileiros, em tão grande evento. Aproveitarei para participar também da Feira do Livro de Lisboa ( ABAIXO ) , onde estarei lançando meu livro publicado naquele querido chão português.


É muito gratificante ver o trabalho da gente viajando pelo mundo.

 Como quando um poeta indiano me enviou trabalho meu vertido para o bengalês e publicado em revista de lá, como quando recebi recortes de escritor russo com vários poemas meus traduzidos para a língua dele e publicados em jornais, como quando vi meu primeiro livro publicado fora do Brasil, nos Estados Unidos, etc., etc. Para um escritor ( ABAIXO , LUIZ CARLOS AMORIM )

 de Corupá, o Vale das Águas, no pé da Serra do Mar, ( ABAIXO ) é um orgulho ultrapassar fronteiras, levando as letras da terra bem longe. "

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