terça-feira, 16 de junho de 2015

Viagem

Na Astronomia ela é um dos satélites do planeta JÚPITER . Já na curiosa e fascinante mitologia dos antigos gregos ela era uma belíssima princesa , filha do rei da Fenícia , AGENOR e de sua esposa TELÉFASSA . Sua beleza era tanta , que acabou encantando o deus JÚPITER que , disfarçado de touro branco , a raptou e a levou a ilha de Creta , onde tiveram 3 filhos : MINOS , RADAMANTO e SARPETÃO . Na Geografia é tecnicamente uma península do continente asiático , o menor dos 6 continentes ( tem cerca de 7 milhões de quilômetros quadrados , o equivalente ao território da Austrália )e tem um litoral bastante recortado e cheio de ilhas e arquipélagos . Tem como limites , ao norte , o mar Glacial Ártico ; ao sul , o mar Mediterrâneo , a oeste , o oceano Atlântico e a leste , os montes Urais , os mares Negro e Cáspio e as montanhas da região do Cáucaso ( região onde estão Armênia , Azerbaidjão , Geórgia e parte da Rússia ) , dividindo-se em 49 países e 8 territórios . Ainda na Geografia , só que humana , a maior parte de sua população divide-se em 3 grandes grupos étnicos : LATINOS ( países do sul do continente ) , GERMÂNICOS ( centro e norte ) e ESLAVOS ( leste ) , havendo também importantes minorias , como BASCOS , MAGIARES ( a maior parte do povo húngaro ) , FINESES ( maior parte do povo finlandês ) , JUDEUS , CIGANOS , LAPÕES e , principalmente , imigrantes asiáticos e africanos , eterno alvo de xenofobia e intolerância . Na História o nome EUROPA já existia séculos antes do nascimento de Cristo e já era usado para se referir a porção continental a oeste da Grécia . Segundo alguns , o nome na verdade vem da palavra semita ( extinta língua falada na atual região do Oriente Médio )  EREB , que significa "REGIÃO ONDE O SOL SE PÕE " . 
     Berço da cultura ocidental e palco de boa parte dos grandes acontecimentos da história da humanidade , principalmente as duas guerras mundiais , e ainda um dos cenários da disputa entre ESTADOS UNIDOS e a falecida UNIÃO SOVIÉTICA , chamada de GUERRA FRIA ( boa parte dos países da parte ocidental do continente teve a sua reconstrução , após a guerra , financiada pelos Estados Unidos ; já os países do leste foram ocupados militarmente pelos soviéticos e tiveram regimes comunistas impostos por esses ) , a Europa também foi berço do HUMANISMO ( movimento artístico-intelectual dos séculos 15 e 16 e que valorizava o Homem ) , do ILUMINISMO ( movimento político-intelectual do século 18 que enfatizava o uso da razão e condenava as monarquias absolutistas ) , da início do processo de GLOBALIZAÇÃO , da REVOLUÇÃO INDUSTRIAL , do CAPITALISMO e da DEMOCRACIA MODERNA . PORTUGAL , ESPANHA , REINO UNIDO , FRANÇA e HOLANDA chegaram a dominar quase todo o mundo e em épocas anteriores existiram outros poderosos impérios , como o ROMANO ( um dos impérios de maior duração que já existiram e que deixou vários legados , como a prática do TURISMO E DE ESPETÁCULOS PÚBLICOS e um SISTEMA JURÍDICO que serve de base para boa parte dos países do mundo ) , o CAROLÍNGIO , o SACRO IMPÉRIO ROMANO-GERMÂNICO e o IMPÉRIO AUSTRO-HÚNGARO e , é claro , a clássica e sofisticada CIVILIZAÇÃO GREGA , que deixou a DEMOCRACIA , o TEATRO e a FILOSOFIA entre seus inúmeros legados . Se de um lado existem nações altamente desenvolvidas , tanto nos aspectos humano , econômico e tecnológico , como ALEMANHA , HOLANDA , SUÉCIA e DINAMARCA e cidades ricas , glamourosas e cosmopolitas , como PARIS , LONDRES , MILÃO e BARCELONA ; do outro lado estão a pobreza e o atraso de países que até a década de 90 foram retrógrafas e tacanhas ditaduras comunistas , como ALBÂNIA , BULGÁRIA , BÓSNIA e ROMÊNIA , e cujo nível de vida não se distancia muito da de um país latino-americano .......Conhecer a Europa não apenas adquirir cultura e realizar uma fascinante viagem mas também conhecer nossas origens e entrar em contato com povos que há séculos vêm se reinventando . Atenção ! Dentro de alguns segundos iremos fazer uma viagem pelo chamado VELHO MUNDO , a bordo das palavras do escritor EMANUEL VIEIRA . CONFIRA :
"No túmulo de Kafka, em Praga , ( ABAIXO ) eu pedi: “Orai, por nós”!

Foi súplica, imprecação.
Antes, agora. Sempre.
No cemitério “Père Lachaise”, em Paris, escrevi no (túmulo - ABAIXO ) de Proust: “Merci, Marcel”.
(Não, não fui apenas a cemitérios.)

E bati perna por Paris ,

 fique contemplando o movimento nas escadeiras da “Opera”.
Ir e vir de gentes.
(No metrô – 

contemplando a mocinha com boina e meias  grandes – ela lia, não mexia  em
celular – pensei: não verei nunca mais esse rosto, nem os outros,  pessoas que vão e que vem.
Andar – e andar mais ainda – é um dos prazeres maiores que sinto em Paris.
(Mas em relação às viagens da década de 70 – na época, com escasso dinheiro e fugindo da ditadura brasileira –, ABAIXO 

 havia agora turista demais – chineses, japoneses, brasileiros etc., todo mundo querendo comprar e não VER. Os  lugares cheios de gente.
Registrar: não ver. O viajante vê – o turista registra.
E fugia dos locais mais turísticos – por exemplo, andando e andando pela beira do Sena.
Não, desta vez nada do Louvre, Palácio de Versalhes ( ABAIXO - só andei pela cidade e pelo seu mercado).

No Portão de Brandemburgo , ( ABAIXO ) em Berlim, “ouvia” o som de paradas – vi pedaços do Muro.

E revi, numa longa e iluminada conversa, o meu velho amigo Flávio Aguiar.
E lembrei que – num inverno europeu há tantos anos (1971) –, eu o atravessara, e passara um dia em Berlim Oriental , ( ABAIXO )

 com o meu saudoso amigo Alberto Albuquerque e, à noite, Luiz Travassos nos esperava  para tomar um vinho.
Lembrança de tanto sangue derramado: mas havia também Beethoven e Goethe.
Violência e beleza.
Um concerto: era Mozart em Viena.
Em Bruges ,( ABAIXO , CIDADE DA BÉLGICA  )  senti mais beleza. Era uma cidade revisitada.

(Na primeira vez, década de 70, senti as pessoas menos estressadas e mais simpáticas, como aconteceu em Madri e Roma – no geral, elas –(em alguns países – estavam mais irritadas e antipáticas.)
Tantos outros lugares não citados: como Santiago de Compostela.( ABAIXO )

 O que dizer? Já disseram tanto. Restam-me qualificativos que são lugares-comuns: linda, impactante. Mais que isso: cheia de uma energia que não sei definir.
E revistei o Porto ( ABAIXO ) – cidade que muito amei ,

 e fiquei na casa de um querido casal amigo, revendo a queria Manaíra, conhecendo o André – ambos tão sensíveis e cultos, além de dialogar de novo com o combativo e humanista Carlos Mota.
Como Lisboa ( ABAIXO ) – conhecendo o cotidiano da cidade, as pessoas, a vida real -,

 parando no apartamento alugado pelo querido Fábio, sobrinho sensível, preparado, tão amigo e generoso que lá estudava. Ele já está de volta a Porto Alegre
Queria “segurar” a vida. Um instante. Uma eternidade. O rio que flui.
Driblamos a morte, “esquecendo” que – sem prorrogação, sem recursos, sem embargos – ela, inelutavelmente, nos alcançará na soleira da morte.
(Eu sei: só capto fragmentos, andando às pressas, numa narrativa quebrada – sempre em busca intensa de uma verdade humana. Consigo captar algo, não a totalidade. É da humana lida.)
Viajamos para o esquecimento. Mas “precisamos” viajar.
Em Dresden , ( ABAIXO - CIDADE DA EXTINTA ALEMANHA ORIENTAL  )

sentei num banco à beira do rio –, e parecia inacreditável que a bela cidade barroca alemã, tivesse sido completamente destruída na Segunda Guerra.
É preciso escutar um fado, e contemplo o Tejo.
Ah, Lisboa revisitada de Pessoa!
Viajamos para encontrar o que já sabemos?
Chovia muito em Veneza, e fazia frio.
Em Londres , ( ABAIXO ) caminhei por parques.

E “enxergar”, ir além é fundamental (navegar é preciso –: ver (e aprender) é sempre necessário.
Se você está sempre preocupado em ensinar, nunca vai aprender.
Na Picadilyy Circus (junção de estrada e de espaço público da Londres’s West na cidade de Westminster), num sábado à noite (acho que nunca vi tanta gente junta e de tantas nacionalidades,  um casal indagou-me se sabia o endereço de certa rua.
Em Amsterdã ( ABAIXO ) andei por canais ,

 contemplando tantas pessoas andando de bicicleta, e (re) visitei o Museu Van Gogh.
Em Pompéia , ( ABAIXO )

pensei novamente na História (será ele sempre um pesadelo?), na vida e em todos os impérios que sempre passarão – apesar de considerarem-se eternos.
Onde estou? No quintal da minha casa? 

Atravesso mares para descobrir o que um menino, lá atrás, já sabia – encanto, finitude, sangue, esperança. A vida como um breve sopro que precisa ser vivido, a cada dia, sempre. Até."

Nenhum comentário:

Postar um comentário