Essa palavra é muito repetida , especialmente por políticos em época de eleição e até já virou nome do cartão de ônibus em Joinville : O CARTÃO CIDADÃO . Afinal , o que é cidadania ? É gozar de todos os direitos e ser responsável por deveres como um indivíduo morador de um país , cidade , Estado , etc....Um exemplo de direito como cidadão ? O VOTO . E de dever ? AJUDAR A MANTER UMA CIDADE LIMPA.....E é esse o tema da crônica de hoje , do jornalista ROBERTO SZABUNIA , que ainda adiciona mais uma palavrinha mágica : EDUCAÇÃO . CONFIRA :
"Cidade limpa . O slogan é bem batidinho , mas jamais perde a atualidade .
Já foi muito utilizado ao longo da história , especialmente por Prefeituras , geralmente colocado em plaquinhas afixadas em lixeiras , pontos de ônibus e equipamentos públicos .
Desconheço o autor da frase ; talvez não tenha um autor específico , pois é o tipo de frase que pode surgir assim , de estalo , na mente de qualquer um . É uma afirmação de uma obviedade singular . Claro que toda cidade que tiver um povo educado será limpa . Por , 'povo' , aí , entenda-se toda a coletividade de moradores . Não me refiro à educação individual , aquela que cada um traz do berço e é uma espécie de 'folha corrida' da formação familiar .
Infelizmente , não tenho visto em Joinville o reflexo da educação que sempre foi característica do povo . Quando aqui cheguei , há 35 anos , a realidade era bem outra - extremamente agradável , friso . ( ABAIXO , FOTO DO TERMINAL URBANO DE JOINVILLE NOS ANOS 70 )
Vinha eu de uma megalópole , São Paulo , onde já me acostumara ao desleixo e à incapacidade do poder público em combater a falta de educação .
Foi lá na Paulicéia desvairada que vi pela primeira vez ( de muitas ) a tal pichação que só conhecia nos gibis . Incrível a ousadia dos artífices dessa sujeira ( não me venham dizer que é arte ; essa definição só pode ser dada ao grafite - FOTO ABAIXO ) .
Na capital paulista eu via borrões , supostamente frases , nos lugares mais inacessíveis !
Depois fui descobrindo as artimanhas utilizadas pelos vândalos ( essa sim é uma palavra boa para conceituá-los ) no seu esforço de estragar a paisagem .
São engenhosos , isso não dá pra negar ; que bom seria se colocassem seu engenho a serviço da coletividade .
Antes de me mudar para São Paulo , jamais eu vira tamanha agressão ao patrimônio alheio . Em Rio Negrinho , onde me criei , quem fosse flagrado estragando alguma coisa corria o risco de apanhar na rua mesmo .
Trago na memória o mico que eu mesmo paguei certa vez , apenas por pisar numa placa caída na rua . Bem no meio de toda a turma , em plena saída do saudoso Grêmio Juvenil ,
levei um pito do não menos saudoso cabo Amazonas ; e olhe que a tal placa estava no chão , ao lado do poste de onde se despregara ;
fui devidamente intimado a , no dia seguinte ( isso era quase meia -noite ) , recoloca-lo no poste ( e nem fui eu que derrubei , ela caiu sozinha ; não precisei pagar a tarefa , alguém da prefeitura fez o serviço ) .
Gostaria , sinceramente , que Joinville fosse mais 'Rio Negrinho' e menos 'São Paulo' . Dá uma tristeza andar pela cidade domingo de manhã e constatar até que ponto chega o menosprezo do ser humano pelo ambiente do qual ele mesmo faz parte .
Encontrar uma praça limpa é um verdadeiro milagre .
Encontram-se restos de noitadas de tudo que é tipo , num desrespeito irritante . O que houve com o povo educado que aqui encontrei há 35 anos ? Migrantes naquele tempo , havia como os há hoje ( eu mesmo me ofereci para adoção pela cidade ) . Que prazer mórbido há em destruir , sujar , vandalizar ?
Adianta apelar para consciência desse tipo de gente ? Acho que não . Precisamos de alguns cabos Amazonas por aqui . "
Desconheço o autor da frase ; talvez não tenha um autor específico , pois é o tipo de frase que pode surgir assim , de estalo , na mente de qualquer um . É uma afirmação de uma obviedade singular . Claro que toda cidade que tiver um povo educado será limpa . Por , 'povo' , aí , entenda-se toda a coletividade de moradores . Não me refiro à educação individual , aquela que cada um traz do berço e é uma espécie de 'folha corrida' da formação familiar .
Infelizmente , não tenho visto em Joinville o reflexo da educação que sempre foi característica do povo . Quando aqui cheguei , há 35 anos , a realidade era bem outra - extremamente agradável , friso . ( ABAIXO , FOTO DO TERMINAL URBANO DE JOINVILLE NOS ANOS 70 )
Vinha eu de uma megalópole , São Paulo , onde já me acostumara ao desleixo e à incapacidade do poder público em combater a falta de educação .
Foi lá na Paulicéia desvairada que vi pela primeira vez ( de muitas ) a tal pichação que só conhecia nos gibis . Incrível a ousadia dos artífices dessa sujeira ( não me venham dizer que é arte ; essa definição só pode ser dada ao grafite - FOTO ABAIXO ) .
Na capital paulista eu via borrões , supostamente frases , nos lugares mais inacessíveis !
Depois fui descobrindo as artimanhas utilizadas pelos vândalos ( essa sim é uma palavra boa para conceituá-los ) no seu esforço de estragar a paisagem .
São engenhosos , isso não dá pra negar ; que bom seria se colocassem seu engenho a serviço da coletividade .
Antes de me mudar para São Paulo , jamais eu vira tamanha agressão ao patrimônio alheio . Em Rio Negrinho , onde me criei , quem fosse flagrado estragando alguma coisa corria o risco de apanhar na rua mesmo .
Trago na memória o mico que eu mesmo paguei certa vez , apenas por pisar numa placa caída na rua . Bem no meio de toda a turma , em plena saída do saudoso Grêmio Juvenil ,
levei um pito do não menos saudoso cabo Amazonas ; e olhe que a tal placa estava no chão , ao lado do poste de onde se despregara ;
fui devidamente intimado a , no dia seguinte ( isso era quase meia -noite ) , recoloca-lo no poste ( e nem fui eu que derrubei , ela caiu sozinha ; não precisei pagar a tarefa , alguém da prefeitura fez o serviço ) .
Gostaria , sinceramente , que Joinville fosse mais 'Rio Negrinho' e menos 'São Paulo' . Dá uma tristeza andar pela cidade domingo de manhã e constatar até que ponto chega o menosprezo do ser humano pelo ambiente do qual ele mesmo faz parte .
Encontrar uma praça limpa é um verdadeiro milagre .
Encontram-se restos de noitadas de tudo que é tipo , num desrespeito irritante . O que houve com o povo educado que aqui encontrei há 35 anos ? Migrantes naquele tempo , havia como os há hoje ( eu mesmo me ofereci para adoção pela cidade ) . Que prazer mórbido há em destruir , sujar , vandalizar ?
Adianta apelar para consciência desse tipo de gente ? Acho que não . Precisamos de alguns cabos Amazonas por aqui . "
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