segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Momento Lírico : A Noite

Se existe um guitarrista que não pode ficar de fora de qualquer lista que se faça dos maiores guitarristas de todos os tempos ele se chama BRYAN HAROLD MAY  , guitarrista da legendária e saudosa banda inglesa QUEEN e que além de ser um excelente guitarrista também é compositor e um bom cantor . Algo que poucos sabem : Bryan May é doutor em ASTROFÍSICA ( em 2006 foi um dos autores de um livro a respeito do Universo e em 2007 recebeu o título de doutor em Astrofísica ) . A partir de 1970 , data do surgimento do Queen , deixou de estudar astros e estrelas para se tornar um dos astros do rock  , e aproveitando-se de seus conhecimentos acadêmicos , em 1975 ele compôs e cantou um dos grandes sucessos da banda : 39 , que está no disco A NIGHT AT THE OPERA  . Trata-se de uma música com forte influência folclórica e inspirada nas antigas histórias de marinheiros que viajam pelo mundo , só que nela o personagem se lança a uma viagem pelo espaço e na velocidade da luz . Ao retornar encontra todos envelhecidos e as coisas mudadas ( não deixava de ser uma comparação com a própria rotina da banda ) , mas sem dúvida , o grande xodó do guitarrista é LONG AWAY  , música presente no disco A DAY AT THE RACES ( 1976 ) , e que também tem o Universo como temática . Embora com letras tristes e melancólicas , trata-se de uma bela música e que merecia ter feito sucesso ( em entrevista concedida em 1983 , Bryan May declarou que gostaria de ser lembrado por essa música )......... ele não é um virtuose na guitarra e nem um astro da música mas também é letrista e faz belos versos .........A poesia desta semana é de autoria do escritor e poeta MILTON MACIEL , que nos brinda com versos sobre o Universo . CONFIRA :

"Era uma noite de infindáveis versos.

Tudo pulsava - da Terra ao Infinito.
Crescente-cheia a Lua resvalava
pelo azul-negro, qual ardente lava,
fazendo o céu ainda mais bonito.
Pelo ar, aromas suaves e dispersos...


Era uma noite de infinita espera,
de suaves luzes, morna calmaria.
Ante as estrelas, nuvens deslizavam
em ralos tufos, que se desmanchavam,
sob a galáxia, que tremeluzia...
aos sons furtivos de uma outra Era. "

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