segunda-feira, 11 de maio de 2015

A Não Matéria Que Nos Compõem

Nascido na  histórica São Vicente , no litoral paulista , e sendo de origem humilde , ROBERTO SHINYASHIKI  é um exemplo de alguém que venceu na vida : formado como médico psiquiatra e com doutorado em Administração de Empresas , Roberto é um nome respeitabilíssimo no meio empresarial brasileiro ; um dos dos conferencistas mais requisitados do país e escritor bem sucedido , sendo autor de 19 livros de auto-ajuda . Impressionado com a sua trajetória de sucesso , o COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO o convidou para dar uma palestra motivacional para a equipe olímpica brasileira , que entre 15 de setembro e 1 de outubro de 2000 disputou a Olimpíada de Sidney , na Austrália . Foi um verdadeiro fiasco : o Brasil não conquistou nenhuma medalha de ouro ( foram 6 medalhas de prata e 6 medalhas de bronze ) e terminou a competição num vergonhoso quinquagésimo segundo lugar , atrás até mesmo de Moçambique......Os  pessimistas e desconfiados  repetiriam aquele velho ditado " SE CONSELHO FOSSE BOM SE VENDERIA " e os gozadores de plantão com certeza fariam alguma piada a respeito de Roberto Shinyashiki .......Ele teve alguma culpa nesse vexame ? É óbvio que não : é sabido que o atleta brasileiro não tem apoio , estrutura adequada , é obrigado a fazer o dobro do esforço do seu adversário e as participações brasileiras na Olimpíada sempre são decepcionantes , para não dizer vergonhosas .......DONALD MALSCHITZKY não é nenhum best seller como Roberto Shinyashiki  mas é um publicitário bem sucedido , um dos líderes do movimento literário joinvilense e autor de textos maravilhosos , como a motivacional crônica de hoje . Se seus conselhos surtirão efeito ? Depende de você ! CONFIRA :

"Há uma ânsia de futuro que permeia a vida  e que muitas vezes cria tristezas e doenças no presente. Crianças



 são incitadas a definir o mais cedo possível qual a profissão que querem exercer para mais tarde se transmutarem de pessoas em profissionais. Deixamos o prazer, a alegria para amanhã, e hoje nos matamos para juntar indulgências para um futuro de recreio quando o recreio pode ser agora, como  descanso entre jornadas de agradável labor.




      Planejamos o que fazer daqui a dois, três, vinte anos, mas não aproveitamos o que o dia de hoje nos oferece porque nos preocupamos com o que há de vir.

 A salvação nos é oferecida para a eternidade que só começa com a morte, mas, para alcançá-la, é preciso sofrer agora.


Sim, planejar ajuda, preparar-se para eventualidades é uma boa medida, não ser perdulário

 é questão de respeito, mas há um presente que vivemos e um passado que construímos e que nos acompanhará não como uma mochila que podemos tirar das costas e esquecer no ponto de ônibus, mas como a essência mesmo do que corre dentro de nós. Esse passado é o que somos, pois os momentos se tornam passado na mesma velocidade que acontecem.


O futuro pode ser o sonho que repousa dentro de nós à espera de sua aurora que pode vir ou não. É elástico e adaptável. De perene, apenas o passado; de concreto, apenas a lembrança. O DNA

 é a lembrança primeira de nosso ser físico, de nossa ancestralidade até o dia em que o sopro  alimentou a matéria pela vez primeira. O gesto é a memória do longínquo momento em que um ser, talvez saciado, deu um naco de comida a outro ser com fome. O sorriso

 é a herança da primeira cócega, sem querer, na sola do  pé da tristeza.

        De memórias, inteiramente de memórias somos feitos, por mais que sonhemos caminhos de porvir. As palavras que usamos, os sentidos e sentimentos que nos amparam, nossa fé e nossa descrença, nossos planos, descaminhos, virtudes e pecados, júbilos e vergonhas, determinações e desistências, tudo que nos constrói ou implode é feito do barro e do hálito das memórias. "

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